Marcha de Resistência histórica: animais já iniciaram a concentração prévia em Jaguarão

A fase de concentração prévia dos animais para a maior Marcha Anual de Resistência da história iniciou nesta quinta-feira, 15 de maio, na Estância Santo Ignácio, em Jaguarão/RS, onde ficarão por 30 dias para nivelamento de condições, antes da largada que ocorrerá no dia 14 de junho. A prova está na sua 23ª edição e testa a rusticidade, a resistência e o poder de recuperação dos Cavalos Crioulos. 

 

O diretor da subcomissão de Marchas e marchitas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Luiz Mario Diaz, diz que os 65 animais admitidos para a seletiva ficarão concentrados somente à base de água e pasto para equilibrar as suas condições. “Isso ocorre para que todos os que vão correr os 15 dias de marcha cheguem nas mesmas condições. São 45 dias: 30 de concentração e 15 de prova”, frisou Diaz. 

 

O coordenador acrescenta que os animais que chegaram na concentração passaram pela admissão, onde é analisada toda a documentação de GTA, exigências sanitárias e registro junto à ABCCC. “Além disso, foram realizadas as medições, a pesagem oficial para saber quantos quilos tinham no início da concentração. Depois, é feita uma pesagem no final da concentração para saber se houve ou não ganho de peso, nesses 30 dias”, explica Diaz. 

 

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*O catálogo com as fotos e demais informações atualizadas será divulgado no dia 19 de maio

 

Depois dessa primeira etapa, foi feito um processo sanitário, com vermifugação e banho carrapaticida e os animais foram colocados em uma mangueira. Depois do término da admissão, foram soltos juntos no potreiro da concentração, que é um espaço específico da propriedade. “Esse espaço descansa por mais de 30 dias, para que a oferta forrageira seja ótima”, acrescenta Diaz, reforçando que, assim como o Freio de Ouro e a Morfologia, a Marcha é uma forma de seleção dos cavalos.  

 

Neste ano, a Marcha será realizada novamente no município gaúcho de Jaguarão, fronteira do Brasil com o Uruguai, local que é o berço onde nasceu e se desenvolveu a tradição dessa prova. Serão 750 quilômetros percorridos em 15 dias, com três animais participantes concorrendo ao prêmio da Tríplice Coroa (premiação concedida ao animal que, em sua vida nas pistas, tiver participado de uma Final de Freio de Ouro, participado de uma Morfologia da Expointer e ter completada uma Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo).

Como nas edições anteriores, a Marcha homenageará uma figura de relevância pelos seus feitos em prol da raça Crioula. Neste ano, João Alberto Dutra Silveira é quem será reconhecido. Médico-veterinário e produtor rural de Jaguarão, Silveira passou pela Diretoria de Provas, Marchas e também pela presidência do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) - além de outras pastas que integram o corpo administrativo da ABCCC.

 

A Marcha Anual de Resistência 2025 conta com o patrocínio de Grupo Nissul Gala, La Invernada, La Madre e Vetnil.