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História da ABCCC

Desde o surgimento da raça em solo brasileiro, a movimentação de criadores tornou possível a existência de uma entidade dedicada ao Cavalo Crioulo. Foi em 28 de fevereiro de 1932 que fazendeiros e estancieiros do Rio Grande do Sul efetivaram a criação de uma associação base, fundada em Bagé e inicialmente denominada de Associação de Criadores de Cavalos Crioulos.

 

Em janeiro de 1935, o studbook da raça foi cedido pela Associação do Registro Genealógico Sul-rio-riograndense, tornando a entidade independente e com um registro próprio. Depois disso, a cidade de Pelotas/RS foi escolhida para se tornar a atual sede da associação (e também onde passou a se chamar Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC).

A ata de criação da instituição foi assinada por 22 homens que partilhavam dos ideais de evolução da raça no Rio Grande do Sul. Eles uniram forças para organizar burocraticamente e iniciar o processo de difusão do Crioulo. Belisário Sá Sarmento, Benjamim Constant Keller, Cypriano Munhoz Filho, Guilherme Echenique Filho, Januário Dias da Costa, João Alfredo da Silva Tavares, João Macedo Dornelles, João Magalhães Vieira, João Paes Vieira, José Alves Vieira, Julio Paixão Cortes, Leonardo Brasil Collares, Leônidas de Assis Brasil, Luiz Dias da Costa, Manoel Luiz Martins, Marcial Terra, Mário Sá Brito, Octávio Adalberto Esteves, Oliverio de Vasconcellos, Paulo Annes Gonçalves, Ptolomeu de Assis Brasil e Sebastião Dornelles foram os nomes responsáveis pelos primeiros passos da entidade.

A instituição iniciou suas atividades nomeando uma comissão de criadores para classificar os animais inscritos para inspeção. Os cavalos considerados Crioulos passavam a fazer parte do studbook da raça, um registro oficial dos animais e das suas características.


No ano de 1944, associações crioulistas da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai formaram a fundaram a Federação Interamericana de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC) com o objetivo de aproximar e integrar todas as entidades do sul do continente americano. Era preciso inspecionar os animais inscritos no registro provisório até que estes e seus ascendentes fossem aceitos no registro definitivo. Após vários encontros ao longo da década de 1950, a FICCC, no ano de 1959, estabeleceu o padrão da raça para a América, uniformizando e unificando os Crioulos em seu território de origem.

 

A década de 1970 foi uma época de mudanças para a cena crioula. Antes disso, as atividades eram, em sua maioria, exposições morfológicas. Desde esse período, as provas funcionais passaram a fazer parte do programa competitivo da raça. O primeiro teste funcional em éguas crioulas ocorreu em abril de 1971. Seletivas funcionais foram desenvolvidas ao longo da década de 70, com grande contribuição do município de Jaguarão/RS, culminando mais tarde com a criação e oficialização do Freio de Ouro, em 1982, um das provas equestres mais completas, que já chegou aos seus 40 anos de história.

 

A ABCCC tem atualmente uma lista de quatorze modalidades oficiais regulamentadas para Cavalos Crioulos: Freio de Ouro, Morfologia, Marcha de Resistência, Campereada/Team Penning, Crioulaço, Doma de Ouro, Enduro, Freio Jovem, Freio do Proprietário, Inclusão de Ouro, Movimiento a La Rienda, Paleteada, Ranch Sorting e Rédeas, além de possuir mais de 460 mil animais registrados, espalhados por todos os estados do território brasileiro.