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Domador como Patrimônio Cultural do RS: projeto avança para se tornar lei no Estado

13 DE AGOSTO DE 2025 | Redator: Lauren Fernandes/ABCCC

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou de forma unânime, na tarde desta terça-feira, 12 de agosto, o Projeto de Lei (PL) 431/2023 que declara o ofício de Domador como Patrimônio Histórico e Cultural. A proposta é da deputada estadual Adriana Lara (PL). Além disso, o projeto também presta homenagem a Vilson Souza, denominando a Lei Vilson Souza, símbolo da doma gaúcha, primeiro ginete campeão da história do Freio de Ouro, com cinco títulos de Ouro, quatro de Prata e dois de Bronze. Com a aprovação, o próximo passo é a sanção do governador Eduardo Leite.

 

Conforme a emenda do projeto da deputada, o projeto visa: Reconhecer o ofício de domador como patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul é fundamental para preservar e valorizar essa tradição centenária, que representa a habilidade, a destreza e a relação harmoniosa entre o homem e o cavalo. Além disso, essa medida contribuirá para a promoção do turismo cultural do Estado, a valorização dos profissionais e a preservação das técnicas e conhecimentos transmitidos ao longo das gerações.

 

Na tribuna, a deputada homenageou os domadores do Estado e também Vilson Souza. “É muito mais do que um homem sobre o lombo de um cavalo, é a alma que entende o compasso, a paciência, a bravura da nossa terra, foi assim com o eterno Vilson Souza, o ginete do século, que ensinou ao mundo que tradição se honra, com coragem, respeito. Essa lei que propomos é um tributo a todos que com a rédea firme, do coração manso, mantêm vivo o orgulho de ser gaúcho”, destacou.

 

A deputada ainda comentou que a proposição veio através do neto de Vilson Souza, o Pablo Souza que acompanhou a votação. “Essa é uma proposição do neto dele, e que eu tive a honra, sendo a primeira mulher eleita como deputada estadual da região da Campanha, apresentar essa emenda que me traz tamanha honra, orgulho e alegria”, frisou.

 

O criador e neto de Vilson Souza, Pablo Souza, idealizou o projeto junto com colegas através do Instituto Vilson Souza. Ele celebrou a aprovação do projeto. “Uma tarde de vitória para nós, do Cavalo Crioulo, da ABCCC. Eu pedi para que a deputada Adriana Lara, da região de Bagé, fizesse para que o ofício de domador se tornasse símbolo cultural do nosso Estado. É um projeto do Instituto Vilson Souza, com muitas pessoas trabalhando junto. Hoje, nessa tarde muito feliz, conseguimos a aprovação por unanimidade, agora o próximo passo é o governador sancionar a nossa Lei”, comentou.

 

Souza ainda projetou o futuro e falou sobre trabalhar para tornar o ofício de domador como profissão. “Acho que o Cavalo Crioulo ganha muito, a Doma de Ouro da ABCCC. O meu avô tem uma passagem no Cavalo Crioulo, tanto como domador, como ginete. Eu acho que isso é uma consagração de um sonho meu particular, de manter vivo esse legado dele para as próximas gerações. Para mim, essa vitória é muito importante, o trabalho do domador é muito antiga, porém não é profissão e sim um ofício, então, esse projeto de lei aprovado é uma grande conquista, porque o ofício de domador passa a ser patrimônio do Rio Grande do Sul, já é um grande passo formal, previsto em Lei e através disso, irei trabalhar para que em Brasília, o ofício de domador se torne uma profissão a nível nacional”, concluiu.


O domador e coordenador da Escola de Ginetes do Instituto Vilson Souza, Max Heller, também falou sobre os próximos passos após a aprovação do projeto. Ele salientou que irão em busca do reconhecimento a nível nacional: “Nosso objetivo principal é transformar como profissão o domador, para que assine a Carteira de Trabalho. A aprovação desta terça, é um passo muito importante para valorizar o trabalho e buscar o objetivo maior. Então, os próximos passos serão nesse sentido, de transformar em Lei Federal e regularizar a profissão”.