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Semana do Cavalo levará nome de Maneca Costa e receberá estreia da Vaquero/Working Cow Horse

08 DE AGOSTO DE 2023 - ATUALIZADA EM 08 DE AGOSTO DE 2023 | Redator: Redação ABCCC

 

Abrir portas para o Cavalo Crioulo de forma que novos competidores, adeptos e entusiastas pela raça e pelas modalidades esportivas que ela oferece possam adentrar e aproveitar dos memoráveis momentos e sensações vividos, dentro e fora de pista em torno do mundo equestre, é a missão dos que conduzem as rédeas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Mentalizando essa proposta, o vice presidente de Provas Esportivas, Fernando Gonzales, acompanhado do executivo de Provas e Eventos, Eduardo Azevedo, apresentaram os ajustes e regulamento da nova modalidade do Cavalo Crioulo: Vaquero/Working Cow Horse, na live conduzida pelo Executivo de Comunicação, Fagner Almeida, que aconteceu no último dia 24. 

 

>>> Assista na íntegra a Live Vaquero/Working Cow Horse <<<

 

Estreando na Nova Arena Coberta do Cavalo Crioulo, a primeira prova oficial da modalidade irá acontecer durante a Semana do Cavalo, que será realizada de 23 a 28 de outubro. Sete dias destinados a quem ama e vive a raça, interligando modalidades entre Doma de Ouro/Um Ano de Freio, Movimiento a La Rienda, Rédeas de Ouro e Vaquero/Working Cow Horse. “Será um novo desafio. Estamos acostumados com uma modalidade por vez em pista, mas na Semana do Cavalo trabalharemos de forma simultânea na Arena 1 e Arena 2”, enfatiza Eduardo Azevedo, que também ressalta que as inscrições e programações da mesma estão sendo finalizadas e serão divulgadas em breve.

 

Em homenagem a um criador de uma importância infinita dentro da raça, que contagiou a todos com a sua paixão ao cavalo esportivo (funcional), o nome da semana do Cavalo não poderia ser outra: João Manuel Cordeiro Costa, nosso saudoso Maneca Costa” , enaltece a escolha unânime do nome de Maneca Costa para a Semana do Cavalo, figura crioulista emblemática que nos deixou em fevereiro deste ano. 

 

Saudoso Maneca Costa 

 

João Manuel Cordeiro Costa quase nunca respondeu pelo seu nome de nascimento, mas sim pelo carinhoso apelido - Maneca. Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) entre os anos de 1989 e 1991, foi vanguardista em pautas que envolviam tecnologia e informação da Associação. Sua figura visionária sempre buscou o aprimoramento da genética do Cavalo Crioulo, explorando todo o potencial da raça.

 

Pioneiro no manejo genético da Cabanha Santa Angélica, de Pedras Altas/RS,  Maneca iniciou sua vida de maneira muito simples e singela, lidando com o campo e a criação de ovelhas de seu pai que, inclusive, era motivo de orgulho para ele e para a família. Segundo ele, “um homem do campo é um homem simples, é assim que somos felizes”. Ainda muito jovem desenvolveu o gosto por cavalos, nutrindo o desejo de ser cavaleiro. Desejo que mais tarde foi atendido e, a partir daí, sua história junto à raça deram os primeiros passos. 

 

Conhecido por estar sempre à frente de seu tempo, foi em meados de 74 que vivenciou de perto, na exposição de Palermo na Argentina, a potência do sangue chileno no Cavalo Crioulo. Entre os anos 80 e 81 decidiu trazer para o Brasil toda a desenvoltura e mansidão que os chilenos carregavam em sua seleção centenária, ao adquirir dois exemplares: Santa Elba Señuelo e La Amanecida Muchachita. A partir de um cruzamento bem planejado, que visava a funcionalidade e a mansidão, nasceu um dos ganhões mais emblemáticos da raça, o Muchacho de Santa Angélica. Neste momento nascia muito mais que um cavalo, mas um potente legado genético que mudaria o rumo da raça Crioula no Brasil. 

 

Não bastava estar à frente de um dos criatórios mais importantes, Maneca também desejava compartilhar suas ideias visionárias com toda a comunidade Crioulista. Foi aí que, entre os anos de 1989 e 1991, assumiu o cargo mais alto na associação, se tornando Presidente da ABCCC. Em seus dois anos de gestão, ficou conhecido por agregar tecnologia e informação, sendo uma peça chave na modernização e no crescimento da entidade. Mais tarde, também assumiu como presidente do Conselho Deliberativo Técnico, onde continuou atuando com suas ideias em prol do Cavalo Crioulo.