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Final da Inclusão de Ouro 2022 registra o maior número de participantes da modalidade 

24 DE SETEMBRO DE 2022 | Redator: Redação ABCCC

 

Na maior edição até o momento, a 4ª Grande Final da Inclusão de Ouro, possibilitou que a docilidade do Cavalo Crioulo fosse exaltada na apresentação dos 18 conjuntos, sob avaliação dos jurados Gustavo Arhanitsch e Telmo de Oliveira Peixoto, adentraram o maior palco da Raça Crioula, no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio/RS, e assim fechando com Chave de Ouro o Ciclo 2022.  Contando com o maior número de participantes desde seu início, precisamente 9 vezes mais, em relação à primeira final; ginetes percorreram longas distâncias e estradas, vindos alguns inclusive de outros estados, como Paraná e Santa Catarina, movendo todos ao seu redor para viver este momento. 

 

E para você o que te impede de fazer o que ama? Talvez seja empecilho às longas distâncias, a serem percorridas; a falta de tempo devido a correria cotidiana; ou ainda os altos custos atuais, impossibilitado financeiramente de executar algo. Nada é mais motivador do que a vontade de viver, de poder fazer o que se ama, de romper barreiras e conquistar seus sonhos, ainda mais quando se tem um amigo disposto a levar sob seu lombo esse trajeto em busca da felicidade, transformando e deixando ainda mais emocionante o “galopar” da vida. Impossível é uma palavra inexistente no vocabulário desses grandes competidores, Josilene Martins, precursora na modalidade, destaca a emoção do momento associada à mansidão do Cavalo Crioulo; “O coração literalmente batendo em pista. É algo que não dá para descrever, olha a grandiosidade e mansidão do cavalo crioulo, que se deixa conduzir por estes ginetes com as mais distintas patologias”.

 

Força A

Garantindo a dobradinha na Força A, quebrando barreiras e alcançando o primeiro tetracampeonato na modalidade Itano Kelvin Perreira Figueiredo, conduzindo El Barquero 33 Chubut e Nicóli do Purunã, alcançou respectivamente o ouro e a prata da categoria. A primeira colocada, uma gateada filha de Santa Elba Consentido e Reservada da Terra Preta, criação de Ricardo Galicchio Kroef; enquanto a prata, uma colorada, filha de Campana Guasquero e Altaneira da Ponta Verde, criação de Stefano Scaglioni Marini, ambas expostas pelo estabelecimento Cabanha Bocal de Ferro, de Arroio Grande / RS. 

O Militar Reformado sempre teve o cavalo presente em sua trajetória, já que participava de provas e rodeios quando ainda era criança. Em 2012 um acidente de carro mudou o rumo de sua história, a qual continua sendo contada após se tornar ginete do Inclusão de Ouro. Ao longo dos ciclos ele se tornou inspiração para que outras pessoas buscassem realizações pessoais e é um estímulo para que outras pessoas com deficiência (PcD) também possam construir uma história com o Cavalo Crioulo. 



Força B

 

Também com uma história de superação e amor ao cavalo, quem subiu no mais alto lugar do pódio pela primeira vez foi a ginete Marilin Zella, conduzindo Desenhado da HMP. Com uma paixão por animais que veio de berço, a ginete descobriu novos rumos em sua vida ao conhecer a modalidade, a qual se tornou um objetivo de vida. Com um novo sonho trilhado, a enfermeira do Hospital das Clínicas do Paraná chegou de primeira e conquistou o troféu dourado em sua categoria. “Nossa limitação física, cognitiva ou financeira não é impedimento quando temos um sonho e lutamos pela realização. Gratidão a Deus e as pessoas de valor que fazem parte desta realização de estar competindo no palco maior da Raça Crioula”, confessou a ginete. 

 

Força C

Com o intuito de fomentar e abrir portas para o crescimento da modalidade, a Força C passa a se tornar mais uma categoria oficial do Inclusão de Ouro, a qual abre portas para que outras pessoas com deficiência e diferentes níveis de equitação também possam demonstrar sua força de vontade na pista de Esteio. Com o novo pódio em jogo, quem conquistou o primeiro ouro da Força C foi um ginete já conhecido da modalidade e muito querido pelo público. Com 41 anos, Márcio de Azevedo Velho garantiu a ponta da tabela ao lado de Balaço 17 do Liscano. Com Síndrome de Down, desde pequeno teve contato com cavalos e este foi um diferencial que veio a acrescentar em seu desenvolvimento social e psicológico. Se identificando com o esporte desde que teve conhecimento, foi no Inclusão de Ouro que Márcio teve oportunidade de levar a sério o seu amor pela montaria, através dos treinamentos e estímulos que teve de familiares, amigos e da equipe de equoterapia. Ao longo do ciclo sua evolução é notória e prova, mais uma vez, que o convívio com o mundo do cavalo traz muitos benefícios. 





Ao longo desses 90 anos de história da raça Crioula, muitas conquistas foram forjadas no lombo do cavalo e, para além delas, muitas barreiras foram e ainda serão quebradas se o amor pelo animal e a vontade de fazer a diferença forem ferramentas nas mãos daqueles que sonham em entrar na maior pista do Cavalo Crioulo. Assim como tantas seriam as descrições a serem utilizadas para descrever este momentos, mas como destacado na Abertura Oficial da Final, durante a execução do hino rio grandense, uma frase enfatiza bem o feito deste momento: “Sirvam nossas façanhas, de modelo à toda Terra”. 

 

CONFIRA O RESULTADO:

 

FORÇA A

 

1º Lugar

Itano Kelvin Pereira Figueiredo montando El Barquero 33 Chubut

 

2º Lugar

Itano Kelvin Pereira Figueiredo montando Nicóli do Puruna

 

3º Lugar

Fábio Santos dos Santos montando Almirante Sobradinho da Ponte Alegre

 

4º Lugar

Gabriel Paiva dos Santos Alfaro montando Gaudério ASPS



FORÇA B 

 

1º Lugar

Marilin Zella montando Desenhado da HMP

 

2º Lugar

João Carlos de Melo Praetorius montando Julieta das Oito Palmas

 

3º Lugar

Jucinei Rosa de Fraga montando Sapucai do Barulho

 

4º Lugar

Larissa Elinea Iargas montando Nega Véia da Vendramin



FORÇA C

1º Lugar

Marcio de Azevedo Velho montando Balaço 17 do Liscano

 

2º Lugar

José Henrique de Machado Lima montando Namoradeira de São Cristóvão

 

3º Lugar

Cecilia Bonow da Costa montando RZ Bien Quisto da Carapuça

 

4º Lugar

Miguel Abreu Silveira montando Lua Extremidade