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Bolívia: um novo mercado internacional abre portas para o Cavalo Crioulo

03 DE MARçO DE 2021 - ATUALIZADA EM 04 DE MARçO DE 2021 | Redator: Redação ABCCC

Em constante crescimento, a expansão da raça agora conta com um novo investidor na América Latina. Adquirindo três exemplares com genética destacada, Quebra Vento do Rio das Pedras, Pajé da Ilha Velha e GTA Pury agora fazem parte de um plantel na Bolívia, através da Trajano Silva Remates, que celebra a venda pioneira no país vizinho. 

 

Filhos de importantes garanhões da raça, os exemplares estão ao lado do agropecuarista boliviano que viu no Cavalo Crioulo a oportunidade de qualificar a criação dos animais em sua propriedade. As negociações, que ficaram por conta da Trajano Silva Remates, surgiram na ideia de germinar uma nova semente de expansão para o Cavalo Crioulo. Para o diretor da Trajano, Marcelo Silva, o acontecimento inédito abre um novo canal de negócios. “A pecuária lá está em franco crescimento e esta é uma semente que vai nos trazer uma comercialização fluente com a Bolívia daqui pra frente. Esses bolivianos com quem estamos em contato também pretendem formar um núcleo. Este fato terá um efeito cascata positivo para o mercado”, salienta o diretor. 

 

Outro criador que já vem tendo contato com nossos conterrâneos latinos é o sul-matogrossense Marcelo Mauro Souza Costa Moura, proprietário da cabanha Estância M3, na cidade de Selvíria/MS. Criador de Cavalos Crioulos desde 1990, o empresário vê na Bolívia um grande potencial de mercado e crescimento. “Jà venho tendo contato com os bolivianos há cerca de três anos, e os mesmos vêem no nosso cavalo uma larga escala de crescimento. Pretendo um dia também poder realizar os primeiros registros no país vizinho, nos mesmos moldes de exportação da Argentina e Uruguai”, observa. 

 

Para o presidente da ABCCC, Onécio Prado Júnior, o planejamento de expansão da raça é uma idealização de outras diretorias, e que vem sendo seguida na nova gestão. “Já contamos com expansionistas espalhados na região sudeste, centro oeste e norte/nordeste que fomentam o cavalo para diversas propriedades do país”. Ainda, segundo ele, o cenário internacional é muito propício e importante não só para a entidade, mas também para os criadores e para quem vive da raça Crioula. “Temos cavalos consagrados na modalidade de Rédeas e Potro do Futuro nos Estados Unidos e França. Também contamos com a primeira edição do Freio de Ouro na Europa e que, por conta da pandemia, ainda não conseguimos viabilizar a segunda edição, além de termos Cavalos Crioulos espalhados por países da América Latina. Essa nova porta que se abre na Bolívia é mais uma prova de que o nosso cavalo tem potencial a ser explorado, e nós, como administração, também damos um olhar especial para a expansão internacional”, conclui.