Luiz Carlos Cassal de Albuquerque é reunido aos notáveis na Parede da Fama
03 DE OUTUBRO DE 2020 - ATUALIZADA EM 04 DE OUTUBRO DE 2020 | Redator: Pedro Henrique Krüger/ABCCC
O fim de tarde de sábado (03) em frente ao Tattersall do Cavalo Crioulo, no Parque de Exposições Assis Brasil/RS, marcou com ferro quente mais uma marca na história de Luiz Carlos Cassal de Albuquerque, importante criador e incentivador da raça Crioula que ganhou uma placa na Parede da Fama no parque, em Esteio/RS.
Com a reverência, Magrão - como também é conhecido - permanecerá para sempre ao lado de outros nomes icônicos da raça Crioula: o ex-presidente da ABCCC e criador da Cabanha Santa Edwiges, Daniel Anzanello (homenageado em 2017); a dupla Bayard Bretanha Jacques (Cabanha Os Tuco Tuco) e Manuel Rossell Sarmento (Estância São Francisco), que juntos, na década de 1980, criaram a prova Bayard-Sarmento (homenageados em 2018); e o primeiro ginete vencedor do Freio de Ouro, Vilson Chalart de Souza (homenageado em 2019).
Durante o ato, que teve a presença de autoridades, familiares, amigos e demais crioulistas, o presidente da ABCCC, Francisco Kessler Fleck, ressaltou a relevância do homenageado para o Cavalo Crioulo, rompendo fronteiras e ganhando o respeito também em países como a Argentina e o Uruguai. “Nada mais merecido do que essa placa para eternizar esse grande crioulista”, finalizou.
Luiz Carlos Cassal de Albuquerque, bastante emocionado, agradeceu pela honraria recebida e fez questão de rememorar alguns dos precursores da raça. “Nós temos que nos lembrar de quem eram os pioneiros, sacrificados, atravessando o arroio a nado. Belisário [Sá Sarmento], João Paes Vieira, Cypriano Munhoz [Filho], Janino Tavares, essa gente que está nos anais, é só consultar. Eles foram os que abriram essa fronteira para a raça se expandir e ser uma raça de controle genealógico. Foram os primeiros inspetores e revisores das éguas base. Então nossa saudação a essa gente pioneira”, homenageou.
Além disso, antes do descerramento da placa, Luiz Carlos Cassal de Albuquerque ainda fez um pedido a todos. “Peço que tenham cuidado com o futuro que vem pela frente; que tenham cuidado com a raça; que cuidem da raça como uma criança; que não deixem que se desvirtuem as virtudes que a identificam dos outros equinos; que ela continue sendo rústica, e para isso a marcha está aí, e que ela continue se movimentando em um espaço reduzido, e o Freio está aí”, aconselhou.
Luiz Carlos Cassal de Albuquerque, criador do afixo Sombra
História e exemplos de dedicação à raça não faltam na caminhada do próximo homenageado. Magrão foi um dos pioneiros idealizadores das provas funcionais no município de Jaguarão/RS, provas estas que deram origem ao Freio de Ouro. Também carrega tradição como criador sob o afixo Sombra, na Estância São Luiz, tendo produzido animais como a Freio de Prata 1982, Chacay Sombra, e os grandes campeões da Expointer, Guarani Sombra (em 1985) e Bordona Sombra (em 1989).
Além disso, sempre mostrou-se um grande incentivador da Marcha de Resistência, destacando a importância da prova como um dos pilares de seleção da raça e sendo uma figura fundamental para a manutenção e para o fomento da Marcha no Brasil. Feito pelo qual o crioulista também foi lembrado em 2019, quando a Marcha da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC), sediada em solo brasileiro, foi nomeada em sua homenagem.
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