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Grandes Cavalos, Grandes Histórias: destaques de julho 2020

04 DE AGOSTO DE 2020 - ATUALIZADA EM 04 DE AGOSTO DE 2020 | Redator: Redação ABCCC

O Cavalo Crioulo também é sinônimo de evolução. Seja pelo seu desempenho funcional ou morfológico, ele se destaca por trazer - cada vez mais - emoção e adrenalina para as pistas. Toda essa performance também se dá pela sua carga genealógica, onde vários exemplares contam com uma genética fortalecida, graças à outros animais que fazem parte de sua linhagem. No mês de julho a série Grandes Cavalos, Grandes Histórias, relembrou grandes nomes da raça que deixaram muitos relatos para serem contados e descendentes para dar continuidade aos seus legados.

É possível acompanhar as atualizações da série no Facebook e no Instagram @cavalocrioulooficial em todas as quintas-feiras. No mês de julho os destaques foram Equador de Santa Edwiges, JA Cartucho, Festeiro do Itapororó, Consuelo do Infinito e Debochado do Quartel Mestre.

 

Confira e relembre abaixo os principais fatos sobre eles. 

 



Nesta quinta-feira iremos relembrar a história de um grande nome da morfologia e reprodutor da raça Crioula. Estrelando a série Grande Cavalos, Grandes Histórias, o TBT de hoje é Equador de Santa Edwiges.

Nascido em outubro de 2005, o garanhão, filho de Tinajera Buen Abrigo e Orquestra de Santa Edwiges (égua Freio de Bronze em 1997), viveu na Cabanha Santa Edwiges, em São Lourenço do Sul/RS, criado por Daniel Anzanello. Suas conquistas vieram logo cedo, quando o cavalo começou a se destacar no cenário morfológico. No outono de 2008, se tornou o Reservado Grande Campeão em Pelotas/RS e se consagrou Grande Campeão, na cidade, na primavera do mesmo ano. Ainda em 2008 o zaino colorado conquistou o prêmio de terceiro melhor potranco menor na final morfológica em Esteio/RS e não parou mais.

Ano após ano, Equador continuou figurando nas primeiras colocações das fileiras morfológicas, como em 2009 e 2010, novamente no julgamento da Expointer, onde recebeu os prêmios de 3º Melhor Cavalo Menor e 3º prêmio na categoria Cavalo Adulto, respectivamente. Em 2012, após ocupar a 1ª colocação na Credenciadora ao Freio de Ouro de São Lourenço do Sul, Equador teve sua carreira funcional interrompida devido a uma lesão, passando a ser privilegiado o seu uso como reprodutor da raça. Um dos destaques mais recentes entre seus filhos é o Grande Campeão da Expointer 2019, Mais um Magistrado.

Seja com suas habilidades funcionais ou como reprodutor, Equador de Santa Edwiges demonstrou ser um excelente exemplar da raça ao ocupar a 52ª posição no Registro de Méritos da ABCCC com 486,5 pontos. O garanhão faleceu em junho de 2017, em Pelotas, deixando um legado de 458 descendentes, entre eles o Freio de Bronze de 2014, JA Impecável, e o único bicampeão do Freio de Ouro até agora (vencedor em 2015 e 2018), JA Libertador.



O TBT de hoje é sobre um grande pai e avô que, a partir de seu sangue chileno, produziu notáveis exemplares à raça Crioula, cuja trajetória será relembrada na Série Grandes Cavalos, Grandes Histórias desta quinta-feira. Apresentamos JA Cartucho.

Filho de Sendero Kalifa e Che Napinda 553, nascido em outubro de 1980, foi o RP 13 da Cabanha Santa Edwiges, em São Lourenço do Sul/RS. Suas qualidades rapidamente transformaram-se em resultado: como potranco, conquistou o 1º prêmio de categoria na Expointer de 1983; um ano depois repetiu o resultado, mas dessa vez como cavalo. No estrangeiro, representou o Brasil na FICCC de 1989, na capital argentina Buenos Aires.

A contribuição especial de JA Cartucho chegou à raça Crioula por meio de seus produtos, os quais fizeram dele um dos seletos animais presentes no Registro de Mérito da ABCCC: são 897,5 pontos, na 20ª posição. Com 211 filhos, o destaque recai sobre as fêmeas Moringa de Santa Edwiges, Grande Campeã da Expointer em 1994, e JA Paloma, Freio de Ouro 1996 e Reservada de Grande Campeã da Expointer 1996, além do gateado Dom Carrasco do Purunã, Freio de Ouro em 2001.

O garanhão de pelagem zaina morreu no ano de 1994, mas a história ainda é contada sobre as fitas de seu DNA.



No TBT de hoje vamos resgatar a trajetória de mais um importante garanhão da raça Crioula, o destaque da série Grandes Cavalos, Grandes Histórias é Festeiro do Itapororó! Atualmente ocupando a 39ª posição no Registro de Mérito da ABCCC, com 552,25 pontos, o douradilho, filho de Las Hortensias Rigolemu e Lavanda de Itapororó, nasceu em novembro de 1995 e foi criado na Fazenda Itapororó, em Alegrete/RS, por Nestor de Moura Jardim Filho.

A pontuação e posição de Festeiro do Itapororó no Registro de Mérito da ABCCC é oriunda de seus descendentes, Festeiro é pai de mais de 400 animais, sendo um deles um grande nome da morfologia, o gateado Índio da Escondida, que contribuiu com grande parte da pontuação do garanhão.

Em 2005, Festeiro do Itapororó passou a ser de propriedade de Pietro e Giuliano Pereira Zanetti, e viveu na Fazenda Liscano, em Arroio Grande/RS, como um dos grandes reprodutores do estabelecimento. O garanhão faleceu no dia 08 de maio de 2018, com 22 anos de idade, deixando um legado de descendentes da Raça Crioula.



O TBT de hoje relembra a história de um dos maiores reprodutores da Cabanha Infinito, de São Sepé/RS. Ocupando a quadragésima posição no Registro de Mérito da raça Crioula, Consuelo do Infinito carrega em sua genética uma excelente avaliação em pista. O macho prodígio soma até o momento 548 pontos no ranking e é mais que merecedor de um espaço na série “Grandes Cavalos, Grandes Histórias” de hoje.

Consuelo do Infinito passou a exibir seu potencial no ano de 1997, ainda em exposições morfológicas, onde passou a colecionar os primeiros prêmios. Pouco tempo depois, sua habilidade funcional também foi confirmada ao garantir o terceiro lugar na semifinal de inéditos. Esse resultado carimbou passaporte para o Freio de Ouro de 1999, onde, aproveitando a passagem, levou para casa o título de primeiro lugar.

O gateado cumpriu sua passagem pela Terra em 2016, aos 22 anos, deixando até o momento 741 filhos. Assim, seu sangue segue comprovadamente chamando atenção por onde passa: Juego do Infinito, Infinito do Infinito, Nuvencita do Infinito e Quem Te Viu da Água Funda, são alguns exemplos de seus descendentes que já marcaram presença em finais da Expointer. Neste cenário, Consuelo se finca como um dos 1.121 bem sucedidos filhos de Santa Elba Siñuelo.

Em reportagem ao Canal Rural datada no dia do falecimento do garanhão, seus proprietários afirmaram que o animal “tinha um grande coração, bom temperamento e coragem, que foram transmitidos aos filhos”.



O TBT de hoje é sobre um cavalo de pelagem rosilha que está atualmente na 77ª posição do Registro de Mérito da ABCCC, com 378,25 pontos, filho de La Invernada Despejado (irmão inteiro de La Invernada Hornero) e de Melodia do Quartel Mestre. A série “Grandes Cavalos, Grandes Histórias” apresenta Debochado do Quartel Mestre, nascido em 12 de setembro de 1989.
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Os grandes momentos deixados por Debochado na história da raça, por meio de suas conquistas, repousam sobre pódios. Disputou o título do Freio de Ouro nos anos de 1992 a 1994, até retornar em 1996 para conquistá-lo com o ginete Eduardo de Azevedo. Disputou novamente em 1997 e depois em 2000, onde foi Freio de Prata com Carlos Quadros, mesmo ginete com o qual conquistou no mesmo ano o Freio de Ouro da FICCC.

“Ele foi um cavalo que deu uma virada na minha carreira como treinador. Era um cavalo de temperamento excepcional, com alta capacidade de aprendizado dos movimentos e consolidação dos movimentos”, relembra Eduardo Azevedo, ginete que levantou o Freio de Ouro 1996, sobre as características de Debochado.

Criado na Estância Rincão de São João, Jaguarão/RS, sob o registro dos criadores Carlos Álvaro e Gabriel da Silva Neto, Debochado do Quartel Mestre faleceu em 2019, sob propriedade de Altemir Cantú da Cabanha Ecobene, de Arroio dos Ratos/RS, deixando 724 descendentes.