Série Grandes Cavalos, Grandes Histórias: destaques de maio 2020

O mês de maio reuniu grandes nomes da raça em uma das séries favoritas para quem ama o Cavalo Crioulo. Grandes Cavalos, Grandes Histórias traz peculiaridades e detalhes sobre a trajetória de exemplares que se destacaram, graças a sua exímia funcionalidade, morfologia ou genética.

É possível acompanhar as atualizações da série no Facebook e no Instagram @cavalocrioulooficial todas as quintas-feiras. No mês de maio, os destaques foram CRT Guapo, Viragro Rio Tinto, Santa Elba Comediante e BT Lucero. Confira e relembre os principais fatos sobre eles abaixo.

Em meados de 1994, os dias frios de setembro reservavam, em Uruguaiana/RS, o início de uma grande empreitada da raça Crioula. Escolhido a dedo para fazer história, conquistou inúmeros prêmios, um deles por ter sido um dos cavalos mais bem avaliados da raça. O #TBT de hoje traz CRT Guapo, o colorado que chegou a ser valorizado em R$ 5 milhões.

Destacando-se com mais de 1227 pontos no Registro de Mérito da #ABCCC, CRT Guapo contou com uma emocionante trajetória. Reservado Grande Campeão da Expointer em 2001, também foi inúmeras vezes consagrado como Grande Campeão em Exposições Morfológicas. Nas pistas, teve seu auge em 2003 quando, apresentado por Gilberto Loureiro de Souza, foi o Grande Campeão da FICCC, em Montevidéu no Uruguai.

Não bastasse a carta de premiações, CRT Guapo também se tornou um ótimo reprodutor, tendo filhos vencedores como Arábia Cala Bassa - Grande Campeã da Morfologia da Expointer 2011 - e o famoso Viragro Rio Tinto, que, seguindo os passos do pai, também conquistou o prêmio de Grande Campeão da FICCC na capital argentina Buenos Aires, no ano de 2007, além de ter sido quatro vezes finalista do Freio de Ouro em Esteio e Grande Campeão da Expointer em 2005. Rio Tinto inclusive deu sequência à linhagem, com Viragro Rio Bravo (neto de Guapo), Grande Campeão da Expointer em 2010 e 3º Melhor Macho da FICCC em 2012.

Com todas as premiações e a forte genética vinda de La Invernada Hornero e CRT Catarina, Guapo ganhou enorme destaque e, mais uma vez, fez história para a raça Crioula. No remate da Cabanha Infinito na Expointer de 2010, teve uma de suas cotas vendidas por R$ 1,25 milhões, o que, na soma das partes, passou a ser o Cavalo Crioulo mais bem avaliado da época, aproximadamente R$ 5 milhões.

Guapo nos deixou em outubro de 2011 com apenas 17 anos de idade. Criação de Cláudia Ribeiro Tellechea (Estância do Junco) e, por último, passou à propriedade da Viragro Agropecuária e de Otto Jayme Beckert.

“Que encerra campo e lonjura, sangue imortal da planura que, eu elogiando, não minto” É com esse trecho musical que iniciamos o #TBT dessa semana, um exemplar digno de ser presenteado com uma canção através do nativista e amante do Cavalo Crioulo, Joca Martins. Presente na lista de Mérito da #ABCCC e descendente de exemplares renomados, Viragro Rio Tinto também nasceu para se tornar história.

Nascido nas campanhas de Dom Pedrito/RS, o cavalo de pelagem zaina bragada teve uma vida de premiações e quebra de recordes. Deu início em sua campanha de vitórias em 2004, quando recebeu o título de Reservado Grande Campeão da Expointer. Após a primeira conquista, Rio Tinto não parou por aí e continuou arrecadando prêmios até receber a escarapela de Grande Campeão na Morfologia da Expointer em 2005, além de ter sido finalista do Freio de Ouro em quatro momentos. O seu auge aconteceu em 2007 quando, na cidade de Buenos Aires/ Argentina, Rio Tinto puxa a fila como Grande Campeão na Morfologia da FICCC.

Viragro Rio Tinto recebeu a genética campeã de seus pais, CRT Guapo - TBT anterior - e Respeitosa de Santa Angélica e, apesar de ter tido uma vida breve nas pistas, tornou-se um grande reprodutor da raça com mais de 800 exemplares que receberam sua genética campeã. Entre eles está Viragro Rio Bravo que, seguindo os passos do avô e do pai, foi Grande Campeão da Expointer em 2010 e 3º Melhor Macho da FICCC em 2012. Além da genética e dos descendente, Rio Tinto chegou a ser um dos exemplares mais bem avaliados da raça, chegando a um valor estimado de R$ 10 milhões.

Com uma vida repleta de vitórias e de sucesso, ele também foi inspiração para o grande músico nativista Joca Martins, que homenageou Rio Tinto com uma canção que leva o seu próprio nome, narrando sua majestosa trajetória pela raça Crioula. Você pode ouvir a música clicando no link https://bit.ly/2Z3gsWB



É necessário uma generosa carga genética para que um exemplar conquiste as primeiras colocações do Registro de Mérito da raça Crioula. A existência de um garanhão de sangue chileno com poucas conquistas diretas em sua história poderia passar despercebida, não fosse seu grande legado. 🐴 Ora! Quem olha apenas as pistas não conta todas as vitórias, não é mesmo? Assim, o #TBT de hoje relembrará Santa Elba Comediante.

Importado para o Brasil em 1991, Comediante foi integrado ao rol de garanhões da Cabanha Butiá. Filho de Puchaura Esquinazo e Santa Elba Zarca, o cavalo foi considerado um dos objetos de mais cara comercialização na raça, sendo vendido em março de 2011 por R$ 1,75 milhão 💰 Também pudera! Alguns exemplos bem sucedidos comprovam tamanha carga genética sustentada por seus 568 filhos. Butiá Jurerê, Butiá Luiza e Pampa de São Pedro, foram vencedores do Freio de Ouro nos anos de 2001, 2002 e 2010

Comediante ocupa neste momento a 12ª colocação no Registro de Mérito da ABCCC, com 1394.25 pontos e uma trajetória destacada pelo biotipo funcional, bom temperamento e grande capacidade de movimento lateral. O garanhão de pelagem preta morreu aos 23 anos, mas não antes de conquistar o título de “Cavalo Motor” - apelido que resume bem sua contribuição à raça Crioula.

Nascido nos campos de Uruguaiana/RS, o exemplar que merece seu lugar no #TBT de hoje ocupa a 17º posição no Registro de Mérito. Conheça ou relembre um dos grandes garanhões da raça, BT Lucero.

Destacando-se em inúmeras premiações, Lucero levou para casa títulos como Reservado Grande Campeão da Expointer em 2000 e 3º Melhor Macho, também da Expointer, no ano de 2001. O tordilho negro nasceu em 1997, filho do reprodutor número 1 do Registro de Méritos da ABCCC, La Invernada Hornero, e também filho de BT Pampeana, matriarca do plantel BT, consagrada Freio de Prata em 1982.

Com mais de 600 descendentes, entre filhos e netos, estão Basco Onásis, 1º Cavalo Adulto na Morfologia da Expointer em 2010, e o famoso Rodopio de São Pedro, também presente no Registro de Méritos com títulos como 1º Cavalo Adulto na Morfologia da Expointer em 2014 e 1º lugar no Freio de Ouro em 2008.

BT Lucero foi criado por Flávio Bastos Tellechea e teve como proprietários a MG Agropecuária LTDA/Eduardo, além do atual presidente da ABCCC, Francisco Kessler Fleck.