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As partes de um Brasil Crioulista: Gira Técnica percorre regiões do norte e nordeste do país

27 DE NOVEMBRO DE 2019 - ATUALIZADA EM 28 DE NOVEMBRO DE 2019 | Redator: Juliana Rosa/ABCCC

Viajar pelo Brasil em busca daqueles que apostam na raça. Foram mais de cinco mil quilômetros percorridos pela equipe da última Gira Técnica realizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Desta vez, criadores e proprietários das regiões norte e nordeste do país puderam contar com o auxílio do Analista de Expansão Bruno Marques e do Técnico Credenciado Heitor Coelho. O trabalho itinerante realizou registros, resenhas, confirmações e demais orientações.

A iniciativa da ABCCC visa estreitar relações com os estados distantes da sede e que não possuem supervisores credenciados residentes. Cerca de dez cidades dos estados do Pará, Maranhão, Bahia e Piauí receberam a visita da equipe. Em um geral, as regiões, mesmo que principiantes no universo Crioulista, se mostraram bastante motivadas. Ao todo, 22 animais foram atendidos, destes, 15 foram resenhados, evidenciando um forte desejo de iniciar seus criatórios ao cadastrar jovens RPs na Associação.

Nas visitas, além de dar toda a assessoria, a equipe conversou sobre a função e a morfologia da raça. “Notamos que eles têm carência de informações, em questão de registro, de criação desses animais. Tentamos esclarecer as questões e deixamos tudo encaminhado, ficando à disposição para qualquer dúvida”, contou Bruno. Alexandre Braz, criador de Paragominas, no Pará, aguardou ansioso a chegada do técnico para confirmar seu cavalo. “A visita atendeu as minhas expectativas. Nossa maior dificuldade é realmente a distância e a falta de informação, então realmente precisávamos de alguém que facilitasse esse processo”, disse.

Entendendo o cenário
Heitor reside em Brasília, localidade distante do grande espectro crioulista. Ele acompanhou e atendeu os criatórios da cidade, desde quando a região ainda não contava com um Núcleo de Criadores. Assim, com sua experiência, pode entender e identificar as dificuldades dos locais visitados. “Sabemos que é fácil um gaúcho levar a raça para estas localidades, mas é importante que as pessoas da região também tenham esse incentivo para criarem, para que outros possam comprar um Cavalo Crioulo e tenham um movimento do que fazer com esse animal”, fala, complementando que a parceria entre essas localidades e a ABCCC é de extrema importância para este fomento.

Semente sendo plantada
A equipe constatou grande interesse da região em criar Núcleos e incluir o Cavalo Crioulo nas provas que já são realizadas por eles. Em Teresina, por exemplo, há um forte movimento de Vaquejada. Em Paragominas, existem piquetes de Laçadores. “Tentamos fomentar, mesmo que não seja em uma cidade, que seja em uma região, essa existência de um Núcleo, para que as pessoas se visitem e confraternizem com o Cavalo crioulo”.