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Novo formato de Admissão Veterinária é testado em Araranguá

17 DE FEVEREIRO DE 2017 - ATUALIZADA EM 17 DE FEVEREIRO DE 2017 | Redator: Marina Bonati/ABCCC

O primeiro contato dos criadores com o novo formato de Admissão Veterinária adotado pela ABCCC se deu nas dependências do Caverá Country Park, em Araranguá/SC, na manhã do dia 17 de fevereiro. Antes dos 34 animais – 16 fêmeas e 18 machos – participantes serem testados, eles passaram pela avaliação técnica do credenciado pela associação, Adolfo Martins, e logo na sequência estrearam a segunda etapa do processo que, na ocasião, admitiu todos os animais observados.


 


No projeto piloto, realizado em parceria com o Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos do Sul Catarinense (NCCCSC), cada detalhe foi esclarecido minuciosamente e, por consequência, debatido com os presentes. Bastou a atenta observação ao movimento gerado pelo passo e trote de cada cavalo para saber se o mesmo estava apto à entrar em pista. A responsabilidade, na ocasião, ficou a cargo do membro da subcomissão de Bem-Estar Animal, Jarbas Castro Júnior, que também é um profissional chancelado pela Federação Equestre Internacional (FEI) - um pré-requisito a ser implementado em todas as admissões.


 


De acordo com o veterinário, a avaliação consiste em perceber se o animal apresenta algum sinal de dor, ferimento, incômodo ou se está mancando - tudo para preservar a saúde do cavalo Crioulo competidor. Algo que, do ponto de vista do criador Enio Rosa de Souza, que há 30 anos cultiva a raça crioula na região, é uma grande iniciativa: “penso que pode até levar algum tempo para conscientizar a todos, mas com certeza é uma iniciativa que merece os cumprimentos, justamente por ser em prol da raça, em prol daquele animal que entra em pista”.


 


Como funciona a admissão


Após passar pela avaliação técnica de um credenciado da ABCCCC, o animal participante é conduzido para a pista que indica o momento em que ele deve ser realizado o passo, o trote, o retorno e novamente os movimentos anteriores. Simultaneamente, um outro Crioulo é liberado da avaliação técnica para completar o processo com a Admissão Veterinária. Por conta disso, a etapa é muito dinâmica: leva cerca de um minuto por equino.


Caso o animal apresente alguma irregularidade e não seja admitido, ele ainda possui uma segunda chance de participação por ser colocado sob à avaliação de um novo veterinário presente. 


 


Padrão mundial


O método que passará a valer nas classificatórias do ciclo 2017 segue um padrão mundial comprovadamente eficaz: é baseado nos procedimentos da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e espelhado na Federação Equestre Internacional (FEI). Tendo como pilar a preservação da saúde do cavalo, e traçando um caminho cada vez mais atuante na questão do Bem-Estar Animal, a medida estabelecida entre as subcomissões de Bem-Estar Animal e Ginetes foi considerada de altíssimo nível. “É uma coisa muito válida, não só por conta do momento em que nós estamos vivendo em relação ao bem-estar animal, mas também por fazer com que as nossas provas continuem evoluindo”, enfatizou o ginete integrante da Subcomissão de ginetes, Daniel Teixeira.


 


Fruto de muito trabalho


“A subcomissão de Bem-Estar Animal vem trabalhando com afinco nesse setor importantíssimo para qualquer raça equina, que é a preservação do Cavalo”, comentou publicamente o presidente da ABCCC, Eduardo Suñe. E o resultado de toda a preparação se deu em um evento com saldo considerado positivo pelo coordenador da subcomissão, Marcelo Cairoli. Ele explica que, mesmo seguindo a linha de ações de preservação dos animais envolvidos em provas da raça, a iniciativa marca o início de uma nova etapa. Pois, conforme suas considerações finais ao concluir a manhã do projeto piloto, “não restam dúvidas de que um grande passo em prol do cavalo Crioulo foi dado”.