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Raça Crioula vai definir vencedores da Marcha da Integração

17 DE JULHO DE 2014 - ATUALIZADA EM 27 DE NOVEMBRO DE 2014 | Redator: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

O próximo domingo, dia 20 de julho, será marcado pelo início da Marcha da Integração, realizada anualmente pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Em sua 13ª edição, que será realizada em Uruguaiana/RS, a prova bateu o recorde de inscritos. No total serão 50 conjuntos que vão percorrer os 750 quilômetros de percurso. O vencedor será conhecido no dia 3 de agosto.Durante 15 dias a disputa vai avaliar a rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do cavalo Crioulo. Os animais, que entraram em concentração 30 dias antes da data da largada, são submetidos às mesmas condições alimentares e acompanhamento veterinário. O coordenador da Comissão de Marcha de Resistência da ABCCC, Alexandre Selistre, afirma que a escolha da Estância Nazareth, local da prova, vai garantir uma condição de prova campeira que deve mostrar as qualidades da raça Crioula. "Muitos dos inscritos são animais que pela genealogia e resultados conquistados por eles ou por irmãos que tiveram darão a certeza de que teremos uma competição disputada", afirma.No ano passado, Pampeana do Retiro do Ouro conquistou pela primeira vez na história da raça a Tríplice Coroa, no qual é necessário que o animal tenha sido finalista no Freio de Ouro, na Morfologia na Expointer e completado uma Marcha de Resistência. Este ano as éguas Rúbia do Inhanduvá, Dinamite da Reconquista e La Patria da Matreira podem alcançar este feito. As premiações consistem em um automóvel zero quilômetro ao vencedor geral e um para cada um dos competidores que alcançarem a Tríplice Coroa.


 


Sobre a Marcha


Inspirada nas lidas campeiras das estâncias, a Marcha da Resistência foi criada em 1971 pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). É a disputa funcional mais antiga da entidade e junto ao Freio de Ouro e Morfologia formam o tripé seletivo da Raça Crioula no Brasil. Ela é dividida nas categorias: reprodutores, cavalos castrados, éguas e éguas menores de sete anos. Ao longo dos 15 dias de prova os animais continuam em iguais condições - sem medicações ou suplementação alimentar.  A Marcha é dividida em três fases: a primeira (regulada) é a jornada de condicionamento do animal, portanto não tem grande exigência de velocidade - todos os competidores saem e chegam no mesmo horário; na segunda fase (semi-regulada) todos largam juntos e têm tempo mínimo e máximo para completar o percurso (os que excederem este tempo são automaticamente desclassificados); já a terceira e última é livre, sem limite de tempo.