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Tosa correta dos adornos valoriza a apresentação dos animais

30 DE MAIO DE 2014

Apesar dos atributos estéticos resultantes da tosa dos adornos não constarem no regulamento de exposições, cuidados com a crina podem valorizar as características morfológicas dos animais. Portanto, a tosa correta é importante na apresentação dos animais da raça em competições ou até mesmo em leilões, ressaltando suas qualidades e escondendo deficiências. Tudo começa com a avaliação das características físicas de cada animal. Segundo o criador e jurado da raça, Lauro Martins, há três passos principais para a realização de uma boa tosa da crina. “Cada cavalo deve ter um toso diferente conforme o pescoço”, destaca ao dizer que, por isso, a primeira etapa é avaliar deficiências que devem ser minimizadas. Ele ressalta a importância da avaliação ser feita por alguém conhecedor do padrão morfológico da raça.   A segunda fase é limpar a crina. Martins explica que resíduos presos aos fios comprometem a precisão do corte por tirar o fio da tesoura. O que leva à terceira dica: manter as lâminas sempre bem afiadas. O intervalo entre cada afiação pode ser de dez a 12 tosas. Ele indica que a tesoura seja de aço do mesmo tipo das usadas em esquila de ovelha e alerta que a qualidade do equipamento influencia no resultado e na durabilidade da peça. Em caso de optar por raspar totalmente a crina, a máquina de tosa pode ser utilizada, mas seu uso fica restrito a essa situação, já que é a tesoura que possibilita moldar o toso.   Sobre a cola, o jurado revela que o seu comprimento pode destacar a estatura do animal apresentado. Ele prefere que a medida seja na metade da canela, mas lembra que isso é um gosto pessoal. Como regra geral para quem deseja valorizar essa característica, o comprimento deve ser proporcional à altura do cavalo, ou seja, para animais mais baixos indica-se que a cola seja mais alta do chão e vice-versa. Para que o tamanho da cola seja o desejado, Martins alerta que a medição deve ser feita tanto com o cavalo parado quanto em movimento, momento em que o cavalo levanta o adorno cerca de dois centímetros.   Texto: Larissa Munhoz