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Exame pode detectar predisposição ao pelo tobiano

02 DE JANEIRO DE 2014

  A pelagem do cavalo é fator importante e determinante vida do animal. Desde o registro junto à Associação de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), no cuidado de sua saúde e no valor agregado na hora da comercialização do equino, a cor do pelo tem posição decisiva. Uma grande variedade de pelagens - que é determinada por várias combinações de genes - rege as características e relevâncias do status do equino. Entre as mais notáveis está a Tobiana (ou Pampa), que é exemplo claro do destaque que pode ser associado ao animal. Com a predominância da cor escura que cobre um ou ambos os flancos e a cor branca no lombo produzindo um aspecto de manchas irregulares, esta pelagem é considerada, hoje, uma das mais cobiçadas dentro no cavalo Crioulo. Acredita-se que tal pelagem foi introduzida no Brasil por meio de poucos cavalos de origem bérbere, trazidos ainda pelos portugueses. No entanto, durante a guerra eram abandonados já que eram facilmente visíveis devido as suas manchas brancas e não tinham valor algum. Mas com o passar dos anos, o cavalo Tobiano transformou sua história e conquistou seu prestígio. Para os criadores, além do êxito de alguns animais, o avanço do conhecimento genético favoreceu a possibilidade da garantia da geração de tobianos, e consequentemente do planejamento de bons negócios no mercado. No caso dos cavalos Crioulos é possível por meio de um exame definir o desenvolvimento de fenótipos malhados, e ter a segurança que o animal progenitor é homozigoto para o gene, e que seus descendentes apresentarão a pelagem Pampa. Parceiro da ABCCC, o Laboratório Linkgen se tornou expert nesse assunto e trabalha com a Homozigose Tobiano, um exame genético, onde a região do DNA é analisada e os animais que possuem a mutação tobiana em um dos cromossomos herdados de seus genitores (heterozigotos tobianos) apresentarão essa pelagem, e terão de 50 a 100% de probabilidade de originar descendentes malhados. O Homozigoto Tobiano possui duas cópias do gene dominante (TO/TO) e transmite somente este gene para sua prole. Já o Heterozigoto que possui apenas uma cópia deste gene (TO/N) pode transmitir o gene dominante ou não, isto é, sua prole pode ou não apresentar o padrão Tobiano. Segundo o técnico da Linkgen, Alberto Hiroyuki Tomiyana, não há um período específico para ser realizado o exame. Ele pode ser feito tanto em animais recém nascidos quanto em animais mais velhos. "O criador que quiser descobrir se os seus animais são portadores do gene tobiano pode coletar amostras de pelo do animal (pelo do rabo ou da crina, que devem ser arrancados) e enviar para o laboratório", explica e complementa: "a importância deste exame está diretamente ligada ao fato de que a seleção dos cavalos que podem transmitir este gene tobiano aumentam, indiscutivelmente, seu valor no mercado comercial".   É importante esclarecer que a ABCCC não exige tal exame para o registro na associação ou para qualquer outro fim. Este é um serviço específico do laboratório, com custo tratado diretamente com o mesmo, e que pode ser feito a critério do criador. Se este for o caso, o interessado pode aproveitar o momento da coleta feita pelo técnico da entidade e solicitar, com uma quantidade substancial de amostra, a realização do teste em paralelo.