Os nomes por trás das lentes da raça Crioula
26 DE DEZEMBRO DE 2013
Alguns dos cliques da raça Crioula que você já conferiu aqui pelo nosso jornal passaram pelas lentes de alguns dos mais habilidosos profissionais do cenário fotográfico gaúcho. A arte do registro de alguns dos principais momentos da história do cavalo Crioulo exigiram deles paciência e sensibilidade na hora de fazer a melhor imagem.
Fagner Almeida começou a carreira de fotógrafo há cerca de três anos. A vida atrás das lentes foi por acaso, mesmo que o gosto pela fotografia o acompanhe já há algum tempo. "Eu tirava fotos de alguns encontros por tirar, sem compromisso. Um dia algumas das minhas imagens apareceram em um catálogo e o pessoal começou a gostar e incentivar", conta.
Este fato, segundo Fagner, ocorreu em 2010. A entrada oficial na carreira se deu um ano depois. O fotógrafo afirma que o trabalho que desenvolve sempre foi feito no meio rural, especialmente com a raça Crioula. Salienta que para cada trabalho, busca estudar os animais e provas que vai fotografar. "É um trabalho que exige paciência, quando é para fotografar provas, procuro estudar as regras, ver trabalhos anteriores, tentar achar alguma peculiaridade em algum animal", ressalta.
Há mais tempo no mercado, Felipe Ulbrich largou a carreira de engenheiro para se dedicar à fotografia. O gosto foi herdado do pai, Mário Roberto, que participava de clubes de fotógrafos amadores, no qual Felipe também frequentou. A família também decidiu investir na criação da raça Crioula, onde são proprietários da Cabanha Santa Helema, de Mariana Pimentel. "Cheguei a conclusão que trabalhar em escritório não era o que eu gostava. Depois alguns amigos que iam vender animais em leilão pediam para fazer algumas fotos para os catálogos e comecei a ver que tinha mercado nesta área", explica.
Para Felipe, dois fatores são fundamentais para um fotógrafo que quer entrar no mundo do cavalo Crioulo: o primeiro deles é ter ao menos uma base teórica da fotografia antes de se aventurar pelos cliques afora. O segundo é ter conhecimento dos animais. "Se o fotógrafo não tem conhecimento do cavalo, mesmo sendo o melhor fotógrafo do mundo não vai enxergar os defeitos e qualidades do animal", analisa.
José Guilherme Martini uniu o gosto pela raça Crioula, onde acompanha as provas desde os 15 anos de idade, com o acaso da fotografia. Ele prestava serviços como motorista para a equipe de fotografia do jornal Gazeta do Povo, do Paraná, principalmente em reportagens no campo. Com isso foi aprendendo com os profissionais e aumentando ainda mais a vontade de fazer do hobby uma carreira. "Comecei a me interessar e o pessoal da cabanha São Rafael me deu a primeira oportunidade de fazer fotos para os catálogos de leilões", conta.
Martini avalia que muitos profissionais se preocupam mais com a técnica do que propriamente em conhecer a raça em si. "O principal é conhecer a raça, o andar dela, a parada, salientar as qualidades. Muitos das pessoas que querem entrar nesse meio se preocupam demais com outras questões que não a de saber qual o melhor momento de fotografar o cavalo", analisa.
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