Júlio de Castilhos é a cidade a ser batida na Campereada

  Os competidores do campeonato nacional da Campereada tem um árduo desafio para a final deste ano, que ocorre nesta quinta-feira às 9h30min, na pista do Cavalo Crioulo no Parque Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer: o de impedir pela quinta vez que o título vá para a cidade de Júlio de Castilhos (RS). Nos últimos quatro anos, competidores do município levaram o ouro na competição. Para coordenador da subcomissão de Campereada da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Luizantero Pimenta Peixoto, o fato de os competidores de Júlio de Castilhos despontarem como favoritos ocorre porque criadores do município são grandes entusiastas da prova e treinam há anos, mas destaca também a força da campereada nos municípios de Rio Pardo e Mostardas, também no Rio Grande do Sul. "É como um time de futebol, precisa ter o entrosamento entre os participantes. Além disso, é uma prova que integra as pessoas, uma competição para a família", destaca. Antes da grande final, que será disputada por 20 trios, o campeonato nacional de campereada reuniu aproximadamente mil campeiros, que entraram em pista 30 vezes. Em busca da melhor posição no ranking, os trios apresentaram as suas habilidades nas competições promovidas pelos núcleos em diversos municípios gaúchos e também na cidade de Lages, em Santa Catarina. Conheça a prova A Campereada surgiu em 1999 na cidade de São Sepé (RS) e foi reconhecida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) um ano mais tarde. A competição, que na região sudeste do país é conhecida como Team Penning, consiste em reunir três cavaleiros em uma pista de 80 por 45 metros com dez trios de bois numerados. Os campeiros precisam apartar o lote de bois, conforme o pedido do jurado, e levá-los para uma mangueira. O objetivo é mostrar um pouco do trabalho diário feito pelo cavalo Crioulo. Cada trio de competidores tem até três minutos para executar a tarefa. Vence a prova o grupo que apartar e colocar o maior número de bois na mangueira no tempo determinado.