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Vacinação periódica em equinos previne doenças que podem levar à morte

19 DE JULHO DE 2013

  Assim como os humanos, os animais também estão sujeitos a doenças que podem, inclusive, matar. Para isso, é importante a vacinação anual contra enfermidades. “A vacinação tem o objetivo de prevenir a doença e garantir saúde ao animal, por isso, ela é tão importante”, afirma Margarete Alves Franco da Fonseca, mestre em Sanidade Animal e professora de Imunologia e Doenças Infecto-contagiosas na faculdade de Veterinária da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), em Bagé/RS.   Margarete destaca três doenças mais perigosas aos cavalos Crioulos: tétano, raiva e encefalomielite. As duas últimas são transmitidas por vírus e classificadas como zoonoses, doenças que podem ser repassadas ao homem. Elas atingem o sistema nervoso provocando uma série de distúrbios e, consequentemente, a morte do animal. Não existe cura e, por isso, proteger o cavalo é fundamental. O tétano é outra doença que preocupa porque é muito fácil de ser contraída por equinos.   Aos criadores da região sul do Brasil com temperaturas baixas durante o inverno, ela também faz um alerta para as doenças respiratórias que podem ser adquiridas pelos animais. A primeira é o garrotilho, que compromete o aparelho respiratório do cavalo, considerado uma endemia na região. Outra enfermidade comum é a gripe equina. A doença, provocada por um dos tipos da influenza A, tem uma taxa de infecção de quase 100% em populações de cavalos não vacinados e sem exposição anterior ao vírus. Também preocupante é a rinopneumonite, que debilita o sistema respiratório e provoca o aborto em éguas prenhas. Margarete ainda ressalta aos criadores cuidados com a leptospirose, transmitida pela urina do rato.   As vacinas devem ser aplicadas no quarto mês de vida com um reforço 30 dias após a primeira dose. “Até o quarto mês o animal está protegido pelos anticorpos do leite da égua, por isso, não é preciso vacinar”, conta. Depois disso, as doses devem ser feitas anualmente. No caso das éguas prenhas, a vacina também deve ser feita no quinto, sétimo e nono mês de gestação para evitar a contaminação por leptospirose e rinopneumonite.   Não há problema em aplicar todas as vacinas juntas, inclusive existem produtos no mercado que reúnem três ou mais tipos. Os equinos precisam estar bem alimentados, vermifugados, com um bom manejo biológico para que a vacina tenha uma melhor resposta no organismo do animal. Quanto às reações, Margarete diz que é comum apenas um leve inchaço no local da aplicação e no máximo dois dias de alteração na temperatura do cavalo. “O custo benefício da vacinação é imensurável. Você gasta R$ 70,00, R$ 80,00 numa dose e evita que um animal morra transformando o investimento em prejuízo”, afirma Margarete. Texto: Fernando Guimarães/ABCCC