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Um inimigo invisível: a bactéria Neorickettsia (Ehrlichia) risticii

28 DE MARçO DE 2013

Diarreia forte e rápida, escura e geralmente sem sangue. Esses são alguns dos sinais apresentados pelo cavalo contaminado com a bactéria Neorickettsia (Ehrlichia) risticii, a causadora da doença Erliquiose Monocítica Equina (EME) mais conhecida como churrio. A infecção é tão letal que pode matar o animal em menos de 24 horas.   Para esclarecer questões sobre o assunto, a equipe do Jornal Cavalo Crioulo conversou com o professor universitário Luiz Filipe Damé Schuch, que leciona sobre doenças infecciosas no curso de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas.   Confira algumas respostas Jornal Cavalo Crioulo - Em que regiões podemos encontrar ocorrências da EME? Luiz Filipe Schuch - Nas áreas alagadiças do sul do Brasil, na margem das lagoas, até o Uruguai. Há um caso isolado na Argentina e relatos em pântanos dos Estados Unidos e na Venezuela. JCC - Como acontece a infecção? LFS - A bactéria causadora da doença habita um parasita que se desenvolve dentro das espécies de caramujos. Quando o cavalo apreende o pasto úmido e ingere o caramujo e o parasita, a bactéria se instala, ocasionando a infecção. JCC - Existem outras formas de infecção? LFS - A bactéria se aloja também em larvas de libélula. Se o cavalo acidentalmente ingeri-las, pode se infectar. Mas isto é raro, assim como é rara a infecção por transfusão sanguínea.   JCC - Como é feito o tratamento para a EME? LFS - O tratamento é feito com tetraciclina, um antibiótico que deve ser administrado na veia, devido à maior velocidade de ação. Mas o que se deve enfatizar no tratamento é a hidratação, que também diminui a laminite. Em casos extremos, podem ser utilizados até sete litros de soro por dia. É preciso uma observação cuidadosa. Se não há acompanhamento, quando o criador nota, o animal já está muito debilitado.   A entrevista completa pode ser encontrada na edição de março do Jornal Cavalo Crioulo, inclusive na versão online – clique aqui.