Logo -
sombra

Perspectivas de mercado são avaliadas em palestra

15 DE MARçO DE 2013

O encerramento do primeiro dia de palestras do III Congresso do Cavalo Crioulo foi o momento de debate mais intenso da tarde de sexta-feira, 15 de março. O mercado do cavalo Crioulo foi intensamente discutido, assim como os seus rumos e perspectivas de crescimento. Na mesa central, mediados pelo superintendente do Setor de Registro Genealógico (SRG) da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) Rodrigo Teixeira, palestraram o pesquisador da Faculdade de Jaguariúna/SP, André Galvão Cintra, e os leiloeiros Marcelo Silva e Fábio Crespo. O painel começou com o palestrante paulista apresentando dados gerais da equinocultura no Brasil. De acordo com ele, o país comporta o quarto maior plantel da espécie no mundo com 5,5 milhões de animais (IBGE-2011). O palestrante também citou uma pesquisa feita em 2006 que, segundo ele, com as devidas correções, hoje apontaria uma movimentação total de 11 bilhões em todos os segmentos do agronegócio cavalo, por ano. Na sequencia Silva apresentou gráficos baseados na comercialização dos remates realizados pela sua empresa nos últimos anos e indicou, na sua análise, um horizonte enxuto para a raça. “Nós leiloeiros temos uma responsabilidade muito grande. A partir de 2010, passaram a ser comercializados também os cavalos que estão sobrando no mercado”, disse. Segundo ele, as projeções de venda mostram uma perspectiva descendente, quando considerados alguns fatores limitantes à fluidez da raça. Para o leiloeiro, a ampliação da demanda fortaleceu o mercado de cavalos de menor nível qualitativo, o que estaria reduzindo a valorização individual dos animais. Por outro lado, Crespo apontou uma perspectiva animadora. O profissional do martelo fez um resgate resultados dos últimos cinco anos de remates, mostrando a evolução da comercialização. Foram comparados os números de animais vendidos por estado, clientes cadastrados e compradores ativos.   Segundo ele, foi detectado um aumento no número de compradores, em todos os estados. De 2008 para 2012 a comercialização de animais cresceu 67%, com uma inversão entre a porcentagem de vendas nos recintos e pela TV. Em 2008, 23% das vendas se davam pela TV e 77% no loca. Em 2012 os números inverteram para 75% e 25%. “Ainda temos muito a crescer no Brasil. Há ainda vários estados onde o cavalo Crioulo tem enormes possibilidades de expansão”, considera.