Jango Salgado se despede das pistas
10 DE SETEMBRO DE 2012
Uma lenda para o cenário crioulista. O menino de Pindamonhangaba, que aos sete anos foi obrigado a fazer aulas de equitação, conquistou o mundo no dorso de um cavalo. Este é Jango Salgado, paulista, gaúcho, cavaleiro, que se despede das pistas para passar seu conhecimento a quem tem, como ele, a vida ligada ao cavalo.
Nos dias 1° a 5 de agosto Salgado participou pela última vez de uma competição de rédeas, esporte que pratica a mais de 22 anos. O evento integrou as provas do Potro do Futuro ANCR 2012, final do Campeonato Nacional 2011/2012 e Copa Inter Núcleos 2012. O evento encerra uma carreira de vários e importantes títulos nacionais e internacionais.
Segundo o cavaleiro, a ideia de deixar os campeonatos já vinha sendo digerida há algum tempo. “Sempre que estamos em uma profissão que envolve competição, é importante saber a hora de parar. Se aposentar, ou, simplesmente escolher um novo ramo deve ser feito quando ainda temos algo a acrescentar. Posso dizer que parei no momento certo”, diz Jango. “Quando o cavaleiro começa a não ter o mesmo destaque, que deixa de ser procurado pelos criadores, dizemos que ele é aposentado. No meu caso foi diferente, decidi seguir um novo caminho”, completa.
Ao deixar as pistas, Jango Salgado também deixa uma história firmada no amor ao cavalo, independente de raça ou propriedade e, além disso, a admiração de muitos homens e mulheres que puderam acompanhar a evolução de seu trabalho.
Planos
A partir de agora o cavaleiro deixará a pista e passará a ensinar tudo o que aprendeu nestes anos. “Quando se está competindo e treinando você conhece o Jango profissional. Quando está em um curso, quem o ministra é o Jango pessoa. É muito mais próximo e muito gratificante poder passar o pouco que sei aos outros”, diz Salgado.
Além de cursos e palestras, a Assessoria também será um de seus focos. Para os que ficam no universo das rédeas, Jango deixa um recado: “antes da preparação, antes da técnica, antes de qualquer coisa que as mãos e os pés possam fazer, um verdadeiro vencedor deve ter o desejo de vencer. Tanto cavalo quanto ginete. A vontade é a maior força que existe dentro da gente e, quem a tem, já completou metade de seu objetivo”.
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