Atenção com o transporte de animais
27 DE AGOSTO DE 2012
Com o início de um novo ciclo e o verão se aproximando, o translado dos animais devem ser priorizados para evitar problemas como desidratação e estresse animal. Assim, tanto criadores como transportadores devem permanecer atentos às condições climáticas e aos sinais fornecidos pelos próprios animais.
Os cuidados começam logo no embarque, com o acesso dos animais aos embarcadores, que também pode ocasionar lesões. Segundo o médico veterinário, Luciano Passos, o verão impõe uma série de cuidados extras, como o embarque no início da manhã, a partir das 5h, com a finalidade de evitar o aumento da temperatura, que geralmente ocorre no final da manhã. “Não podemos manter o cavalo por mais de 12 horas dentro do caminhão, sem que haja a oferta de água e alfafa, por exemplo”, explica. Caso não haja sistema de oferta de água, ela deve ser oferecida em baldes.
Em caso de viagens pequenas, com duração de aproximadamente quatro ou cinco horas, recomenda-se que sejam escolhidos horários no início da manhã ou no final da tarde. Passos explica que uma alternativa para prevenir a desidratação é a aplicação de soluções eletrolíticas, encontradas facilmente em casas especializadas.
Complicações
Quando se fala em transporte animal, a palavra estresse entra em pauta. Mas o que de fato é o estresse? Passos explica que é um estado de fragilidade do organismo em que é liberada uma quantidade extra de hormônios, enzimas e proteínas, que podem prejudicar o animal. “No caso de estresse e desidratação, a primeira coisa que acontece é o aborto, que se dá com a finalidade de proteger a vida do animal”, explicou. Para evitar isso, são indicadas paradas a cada quatro horas para revisar o estado dos animais.
Cuidados com éguas prenhas
Em casos de éguas prenhas, o proprietário da Translappe – Transporte Animal, Gabriel Lappe, aconselha que o transporte seja feito antes do parto, com a finalidade de preservar a vida do potro. “Muitos criadores aproveitam o chamado cio do potro, para colocar o animal novamente em cria, portanto, é importante que o parto seja feito já no destino da viagem”, explicou. Quando a égua é submetida a uma viagem em período de amamentação, a desidratação somada ao estresse pode causar perda de cálcio no organismo e desencadear a chamada Tetania de Viagem. Mesmo assim, quando ela estiver prenha, um laudo médico de 45 dias é imprescindível para que seja transportada.
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