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Mau ferrageamento pode causar uma série de problemas

17 DE AGOSTO DE 2012

A prática de ferrar os equinos é muito antiga e, conforme o passar dos anos, a área é modernizada e muitos profissionais estão trabalhando com a atividade - assim como o médico veterinário Ibsen Votto. O aprimoramento dos profissionais é favorável aos equinos, pois a ferradura tem como objetivo protegê-los, o que exige cuidado durante a aplicação. Do contrário, a prática inadequada pode acabar machucando o equino. “Se prepara a ferradura para o casco e não o contrário”, destaca Votto. De acordo com o especialista, o mau ferrageamento pode causar lesões ao cavalo, muitas vezes um cavalo mal ferrado não consegue atingir seu máximo de performance devido a uma dor ou um simples desconforto. Na maioria dos casos, a necessidade de ferrar o cavalo surge no momento em que se coloca o animal na cocheira ou quando se inicia a doma, conforme explica Ibsen Votto. Além disso, o cuidado com o casco é essencial, pois esta é a “base” de um cavalo e fica em contato direto com o solo, sofrendo, portanto, as consequências destes impactos. Práticas como mantê-lo bem casqueado, limpar a sola diariamente, passar fortificante no local são indicadas para conservar o bom estado do casco. Existem vários tipos de ferraduras e de vários materiais que são escolhidos após a avaliação do casco e das condições em que o cavalo se encontra, além do tipo de exercício a que está submetido. Tipos de ferrageamento Proteção simples – indicado para a proteção básica do casco Terapêutico – quando há lesão no casco do animal é utilizada para auxiliar no tratamento da lesão Ortopédico - serve para melhorar o desempenho e o conforto do animal. Cuidados  "O tamanho do casco deve ser respeitado”, aponta Votto. É preciso observar a quantidade de material a ser retirada do casco. Deve ser removido apenas o necessário. “Se bem ferrado, o cavalo pode passar a vida inteira assim, desde que haja renovação da ferradura em período de 30 e 45 dias”, aponta o veterinário. Se o animal ultrapassar este período sem fazer a troca, o casco deve crescer de modo a perder o nivelamento e trazendo problemas nas linhas naturais de aprumo do animal. Dicas do especialista para um bom ferrageamento Retirada da ferradura velha, limpeza da sola com uma escova de aço. Avaliação das condições do casco, de qual tipo de casqueamento e também qual ferradura será utilizada. É retirado excesso de material da ranilha, respeitando sempre sua anatomia e evitando a retirada de muito material. Inicia a retirada do excesso de sola; manter cuidado para não retirar além do necessário para evitar lesão e sensibilidade de sola. Realizado o corte da parede do casco, este corte deve ser o mais parelho possível, respeitando o limite para evitar lesão. Com uma grossa específica para casco é feito o arremate do corte da parede deixando a sola parelha. Sendo assim, quando o membro estiver apoiado no chão toda a parede tem contato com o solo. Quando necessário, o material em excesso da muralha do casco é retirado. Feito segunda avaliação, neste momento o animal já está com as quatro patas casqueadas esperando as ferraduras. Se molda uma ferradura conforme o casco do casco (nunca se molda o casco para ferradura). Este molde pode ser a quente ou a frio. Após pronta a ferradura é realizada a fixação na parede do casco, através de cravos(pregos especiais para ferrageamento). Devem ser colocados seis cravos por casco, podendo ser no máximo oito. Terminado o cravejamento, é feito o corte das pontas dos cravos e acabamento da parede do casco com uma grossa fina. Em seguida, o animal está pronto.