Percurso da Marcha chega ao fim no domingo

 Depois de 30 dias de concentração e 15 dias de percuso, passando por diferentes solos e mudanças climáticas, a 11ª Marcha de Interação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos crioulos (ABCCC), que este ano ocorre no município gaúcho de Santo Antônio da Patrulha, está chegando ao final. No domingo, dia 22 de julho, na Cabanha Manto Azul, serão conhecidos os grandes campeões da modalidade que melhor mostra a capacidade de resistência e superação da raça Crioula. Durante 15 dias os equinos tiveram que percorrer 750 km e provar que podem resistir ao grande desgaste, mesmo sob oscilações bruscas de temperatura e condições naturais de sobrevivência, alimentados a campo e sem utilização de medicamentos. Uma comissão veterinária formada comandada por Rodrigo Michelon está fazendo o acompanhamento dos 31 participantes que seguem na prova. A maioria dos participantes é de cidades do Rio Grande do Sul. Uma das presenças inusitadas é da égua uruguaia Santa Gloria Macabra. A participação das fêmeas – 23 – é mais forte que a dos machos – 10. Nenhum dos 33 inscritos já foi campeão geral nesta modalidade.    Confira planilha parcial aqui.   Como funciona? A Marcha da Resistência é a prova funcional mais antiga da ABCCC e visa avaliar a rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do Cavalo Crioulo. A competição começa com a concentração dos animais que ficam largados a campo, em iguais condições, durante 30 dias. Após é dada a largada para os 750km divididos em 15 dias. A prova tem três fases: a primeira (regulada) é a jornada de condicionamento do animal, portanto não tem grande exigência de velocidade - todos os competidores saem e chegam no mesmo horário; na segunda fase (semi-regulada) todos largam juntos e têm tempo mínimo e máximo para completar o percurso (os que excederem este tempo são automaticamente desclassificados); já a terceira e última é livre, sem limite de tempo. Quem chegar até as etapas livres e nesta fase fizer o melhor tempo total sagra-se grande vencedor da competição que oferece a mesma pontuação do Freio de Ouro no Registro de Mérito e junto ao Freio de Ouro e à Morfologia, forma o tripé seletivo da Raça Crioula no Brasil.