Laudo revela a causa da morte de Capanegra Idahueño

Capanegra Idahueño foi montado pelo ginete Zeca Macedo em Camaquã A causa efetiva da morte repentina do cavalo, Capanegra Idahueño, durante a etapa Classificatória de Camaquã/RS ao Freio de Ouro, foi revelada somente após realização de detalhada necropsia no animal. De acordo com o médico veterinário que acompanhou o caso, o macho de oito anos nunca apresentou indícios de problemas de saúde. Conforme os resultados da avaliação, o motivo foi a ruptura de cólon maior, causada por um enterólito (cálculo intestinal) de três quilos. Contudo, até ser acometido pelo problema o cavalo competia normalmente e, um dia antes, ocupava a segunda colocação e tinha boas chances na disputa final. O veterinário José Francisco Pereira de Moura, da Cabanha Capanegra, de Dom Pedrito/RS, da qual pertencia o crioulo, afirmou que a fatalidade ocorreu sem que houvesse tempo hábil para o socorro. “Ele começou a apresentar os sintomas e morreu em 20 ou 30 minutos. Deitou, ficou em decúbito. Quando tentou levantar ele veio a falecer”, descreveu. Moura disse ainda que não tinha conhecimento de caso tão repentino. “Tem animais que passam dois ou três dias com cólicas quando isso ocorre. O Capanegra nunca teve essa sintomatologia”. De acordo com Moura, o problema pode ter sido gerado por materiais que não são digeridos pelo animal, e que acabam obstruindo seu intestino. A necropsia foi realizada pelo departamento de Patologia do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre/RS. Capanegra Idahueño completaria nove anos em outubro e era uma das apostas da cabanha para o Freio de Ouro. De boa morfologia, o colorado salino rabicano era filho de Destino Sombra e Capanegra Buena Moza, e pertencia ao criador Fernando Dornelles Pons. Texto: Douglas Saraiva Foto: Felipe Ulbrich