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Cavalo Crioulo ultrapassando fronteiras

22 DE FEVEREIRO DE 2010

  Turma da Oficina de leitura e escrita de textos Cavalo Crioulo ultrapassando fronteiras O cavalo crioulo teve seu primeiro registro no stud book datado em 1931. Suas principais características são a longevidade, rusticidade e docilidade, que solidificaram a raça fazendo com que nos dias atuais tenha se expandido não só no Rio Grande do Sul como por todo o país.  Atualmente, além do Mercosul, o cavalo crioulo está presente no Chile, França, Itália, Alemanha e Estados Unidos, servindo ao lazer e participando em provas funcionais nesses países, tais como Rédeas, Team Penning, Paleteada Argentina, Prova Felipe Z. Ballester, dentre outras, colocando-se sempre em posições de destaque. Fomos conferir com o senhor Volnei Rodrigues, brasileiro radicado nos Estados Unidos há vários anos, sua opinião sobre a atuação do cavalo crioulo naquele país. O criador nos informou que em 2005 levou para o solo norte americano o primeiro casal de potrancos, constituindo eles um marco da raça nos EUA, não apenas pela beleza como pela funcionalidade e talento desses animais. Em 2007, complementa Rodrigues, novas aquisições foram feitas. Foram três éguas, duas prenhes, as quais pariram um casal constituinte dos primeiros exemplares da Raça Crioula, nascidos no território norte americano. Na visão de Rodrigues, o mercado futuro da raça é bastante amplo, com utilização no trabalho, em provas com gado (working cow), em provas de resistência (endurance) e para passeio (trail ride). Pensando também fora do âmbito Western, o que há em ascensão, explicita Rodrigues, são os considerados American Large Ponies, categoria perfeita à raça crioula, devido ao equilíbrio corporal de nosso cavalo. Com sua participação em pistas, saltando (jumping for large ponies) ou em provas de adestramento (dressage), muitos caminhos se abriram para um futuro no comércio. Ainda conforme Rodrigues vemos que a raça tem um futuro promissor nos Estados Unidos e, a partir de sua experiência, é possível perceber sua paixão e incentivo à manutenção da raça: Os Crioulos sempre foram minha paixão e já me sinto satisfeito em poder tê-los trazido para cá. Sei que muito há a ser feito, mas sei que, passo a passo, vamos entusiasmando mais pessoas e criando mais adeptos a essa raça. Mais Crioulos virão e outros irão reproduzir-se por aqui e o sonho é um dia mandar um Crioulo nascido em solo americano correr uma prova no Brasil. Cada vez que escuto sobre as vitórias dos Crioulos no Brasil, como agora os que representaram o país no exterior, penso que é uma repercussão positiva em qualquer país em que essa raça esteja. Como homem do cavalo, tenho montado aqui cavalos de diferentes raças o que só aconteceu depois da minha vinda para cá porque no Rio Grande, montava apenas Crioulos. Este fato me faz cada vez mais apreciar a nossa raça, e sem desmerecer as outras, o melhor cavalo de montaria do mundo chama-se Crioulo! (Orlando, 2009, p. 2) Visando a qualificar seus funcionários na ampliação de suas capacidades em leitura, interpretação e produção de textos, vinculando a essas atividades o ensino da gramática da língua portuguesa, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) oportunizou uma oficina de leitura e escrita de textos, ministrada na sede da Instituição, pela funcionária e também estudante do Curso de Letras Simone C. de Oliveira.