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Os campeões do Freio de Ouro querem o pódio, de novo

19 DE AGOSTO DE 2019 - ATUALIZADA EM 19 DE AGOSTO DE 2019 | Redator: Pedro Henrique Krüger/ABCCC

As marcas deixadas pelos cascos na pista do Parque de Exposições Assis Brasil, no Freio de Ouro de 2018 em Esteio/RS, foram transformadas em palavras de uma história vencedora. Os registros do bicampeonato de JA Libertador, montado por Cézar Augusto Schell Freire, e do Freio de Ouro de Independência do Espigão, montada por Daniel Waihrich Marim Teixeira, estão por toda a parte, na memória e nos corações da comunidade crioulista.

Essa história, no entanto, parece não ter terminado ainda. Os conjuntos campeões estão confirmados para mais uma sequência de provas do Freio de Ouro 2019, durante a 42ª Expointer. O trabalho, por conta disso, não parou. Afinal, como está na sabedoria popular, não se ganha maratona com uma arrancada. 

 

Os Campeões do Freio de Ouro 2018


JA Libertador em busca do tri para romper as muralhas do impossível
Campeão do Freio de Ouro nos anos de 2015 e 2018, montado por Milton Castro e Guto Freire, respectivamente, o zaino rabicano extrapolou para sempre os recordes até então estabelecidos: é o primeiro (e único) bicampeão do Freio. Filho de Equador de Santa Edwiges e JA Arruaça, o macho exposto pelo Condomínio JA Libertador está sendo preparado novamente por Guto Freire.

Para o experiente ginete tetracampeão do Freio de Ouro, a maior motivação é ter mais uma oportunidade de montar JA Libertador. “É um cavalo fora do comum, um pouco fora da curva dos demais animais porque é completo, que tem tudo o que o Freio de Ouro busca, tudo o que a raça Crioula procura. Tem morfologia, andadura, tem temperamento, é bem domado. É um cavalo novo ainda, [que] tem força, habilidade e faz todos os movimentos que a prova exige”, elogiou.

A preparação para vencer novamente não mudou em relação ao ciclo passado, mas está mais focada na parte física do bicampeão, de acordo com Guto Freire. “É lógico que chegar lá [na pista] e ganhar depende de muitos fatores, mas ele é um cavalo muito competitivo e, com certeza, vai estar entre os quatro primeiros no pódio”, cravou.

 


Com fôlego para mais um pódio
Nascida em um 7 de setembro, Independência do Espigão traz em seu nome a característica de quem possui autonomia e condições para incluir-se na história. Se em 2018 isso já foi possível, por que não ir em busca de mais? Filha de Mandante Tupambaé e Faceira do Espigão, a égua gateada salina rabicana foi criada e é exposta por José Ademir Pereira, da Cabanha Espigão de Canoinhas/SC.

Mais uma vez, a campeã entrará em pista com o experiente ginete Daniel Teixeira. Da mesma forma que ocorre com JA Libertador, os treinamentos diários também não são diferentes daqueles realizados no ciclo anterior, intercalados “com preparo físico e os treinos direcionados a cada movimento da prova”, de acordo com o ginete.

Com mais de 120 animais em 23 Freios de Ouro, Daniel Teixeira aponta que a confiança mora nas potencialidades da Independência do Espigão. “É uma égua que tinha corrido o primeiro ciclo. Ela tem apenas três provas até hoje. E por acharmos que ela é uma égua nova, com uma saúde muito boa, achamos que ela tem chance de correr de novo. Logicamente, a gente sabe o quanto é difícil acontecer o bicampeonato, mas só vamos ficar sabendo mesmo se tentarmos”.

Para o criador e proprietário José Ademir Pereira, a grande conquista já foi alcançada. “Tanto eu como o ginete Daniel [Teixeira], e já faz mais de dez anos que nós temos uma parceria no Freio, resolvemos em conjunto aproveitar e correr porque ela está saudável. Eu pelo menos vou correr com alegria porque ela já é Freio de Ouro, então nós já temos esse título com ela. É lógico que vamos em busca do bi, a função é essa”, finalizou.