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Jurados das seletivas ao Freio afinam critérios de avaliação

03 DE AGOSTO DE 2018 | Redator: Marina Bonati/ABCCC

Uma das reuniões anuais mais importantes da raça aconteceu nesta sexta-feira, 3, em Esteio/RS. Com o objetivo de afinar critérios de julgamento – uma tecla extremamente batida quando o assunto é seleção racial - os 42 jurados que atuaram nas Classificatórias do ciclo 2018 ao Freio de Ouro analisaram a porcentagem de 2,64% de animais que tiveram discrepância de médias em seletivas através das imagens captadas pelo cinegrafista Carlos Tuca Gianotti, discutindo conjuntamente detalhes sobre cada exemplar, além das notas direcionadas a eles. 

 

“Estamos selecionando a raça e o objetivo é que todos cresçam juntos, acrescentando cada vez mais ao nosso cavalo”, destacou o presidente Eduardo Suñe, ao mostrar o que é preponderante para o Crioulo. Junto ao presidente, estiveram mediando o debate o vice-presidente técnico, Luiz Martins Bastos Neto, e o vice-presidente de Eventos, Eduardo Azevedo, que ressaltaram a importância daqueles que se empenham em acertar e trabalhar pela casa com excelência e humildade. 

 

Baixo índice de diferença

Dos 1155 cavalos avaliados no ciclo, 453 participaram das classificatórias; 12 tiveram uma variação de 1 ponto a mais na etapa morfológica entre credenciadora e classificatória. Por isso, foram levados à avaliação em reunião. Isso representa 2,64% do número de competidores

 

Desde 1982

As reuniões para afinar critérios ocorrem desde o primeiro ano de Freio, na década de 80. Mas, diferente das dinâmicas aplicadas hoje, elas eram feitas à campo para a definição de regulamento. “Os próprios jurados montavam à cavalo para ver o que deveria ser mudado ou regulamentado no Freio, que começou com 16 animais e apenas 4 classificatórias: Jaguarão, Uruguaiana, Bagé e Pelotas”, explicou o jurado Mário Móglia Suñe, que puxa pela memória vivências de seus 18/19 anos de idade – período em que se tornou um avaliador da raça e acompanhou tudo isso de perto. “Hoje a gente não discute mais regulamento, pois ele já está consolidado. Se discute a afinação de critérios e as notas corretas para cada conjunto”, completou.

 

Introdução das imagens técnicas

Somente em 2009, quando Roberto Davis estava à frente da diretoria, que as imagens de pista passaram a fazer parte dos encontros, ganhando força em 2011, com a gestão do Manoel Luis Sarmento. Até mesmo a forma de filmagem foi modificada pelo cinegrafista ao longo do tempo a fim de aprimorar a avaliação a anual. “Lembro que no início eu filmava as paleteadas de frente e Chico Fleck dizia que o Luiz Neto sempre alertava nas reuniões que precisava ser do ângulo dos jurados para visualizar conforme o julgamento. Aí, no Bocal de 2014, foi a primeira paleteada que eu filmei lateral”, recordou Carlos Tuca, salientando que o trabalho é sempre realizado em conjunto com a diretoria da ABCCC. Esse foi o início de um trabalho que hoje atingiu o ângulo técnico e enquadramento corretos para serem utilizados como são.   

 

Portas para a excelência do novo

O mais interessante, é o compartilhamento dessas experiências junto aos novos jurados da ABCCC. Como é o caso do também técnico Gustavo Arhanitsch, que julgou sua primeira classicatória neste ano, em Sapucaia/RJ. "É uma responsabilidade imensa a cada nota que a gente levanta, pois nós somos cobrados por criadores, competidores e também pela casa", disse. Para ele, é de extrema importância ter a sua função avaliada e fazer um comparativo com os demais jurados de cada prova dentro da dinâmica em que se chegou.

 

Continua 

No sábado, os jurados lista 1 e 2 estão convocados para realizar a mesma dinâmica, que começa às 8h30min, no auditório do Parque de Exposições Assis Brasil.