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Criadora gaúcha aposta no cavalo Crioulo em provas de Enduro

08 DE AGOSTO DE 2019 - ATUALIZADA EM 09 DE AGOSTO DE 2019 | Redator: Juliana Rosa/ABCCC

A cada ano que passa, a funcionalidade do Cavalo Crioulo finca ainda mais seu espaço no mural da história equina. Sua utilização em provas que não somente do universo Crioulista, tem se mostrado uma grande aposta. A criadora Isadora Herrmann, da Cabanha Armorial, vem exaltando Raça em eventos importantes de Enduro. A prova, ainda dominada pelos cavalos árabes, comprova que o Crioulo percorre longas distâncias com resultados além do esperado.

No último final de semana, o Haras Albar, em Campinas/SP, recebeu 210 inscritos para o XXIX Campeonato Brasileiro de Enduro Equestre. A égua Maria Bonita Paulista deixou para trás outros 34 animais em sua categoria e conquistou a primeira colocação. A atual campeã brasileira na categoria graduado adulto não correrá todas as provas do campeonato paulista pois está em em fase de preparação para concorrer a prova da Fedéracion Équestre Internationale (FEI).

A GRANDE APOSTA
A Cabanha Armorial, propriedade de Isadora, fica no município gaúcho Cachoeira do Sul, onde cria cerca de 40 animais. Sua insistência por inserir a raça Crioula nas competições de Enduro já lhe concedeu uma trajetória louvável em apenas três anos. Em 2017 foi vice-campeã paulista de Enduro montando Destaque do Passo do Carioca, na categoria controlada (20 km). Logo após a conquista, adquiriu Maria Bonita, que havia acabado de garantir o terceiro lugar na Marcha de Jaguarão da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. A partir daí, não demorou para que a fêmea fosse colocada em treinamento para Enduro no centro Le Domaine, em Bragança Paulista/SP.

Antes de conquistar a atual vitória, Maria correu a I Etapa do Campeonato Paranaense de Enduro Equestre, no último mês de fevereiro, onde conquistou o segundo lugar. Em março, garantiu o primeiro lugar na I etapa do Campeonato Paulista de Enduro. A proprietária conta que a égua tem grande resistência e um batimento cardíaco excelente para o Enduro, o que lhe garante uma rápida recuperação e uma boa largada nas etapas livres da prova, por exemplo. Por conta de suas características, o criatório a nomeou sua grande aposta, sendo apta a disputar provas mundiais.

Para isso, ela precisa passar em duas provas de 80 quilômetros com velocidade regulada, ou seja, concorrendo não oficialmente. Ao ser considerada apta pela equipe da FEI , ela estará pronta para a disputa de 120 km da Federação, no início do ano que vem, no Paraná. “Caso ela se comporte como o esperado, também queremos inseri-la no mundial de Enduro dentro de dois anos”, conta Isadora.

Além de Maria Bonita Paulista, Herrmann estima que mais dois exemplares de sua cabanha iniciem treinamento para Enduro ainda este ano. Além da prova de velocidade e resistência, ela é cotista de Guanabara Nunca Más, que este ano concorre na Morfologia da Expointer. “Também tenho um potro de 2,5 anos de minha marca (Viramundo Armorial) que também está em campanha Morfológica”.