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Jurados do Freio de Ouro mesclam experiência e paixão

17 DE AGOSTO DE 2018 - ATUALIZADA EM 17 DE AGOSTO DE 2018 | Redator: Pedro Henrique Krüger/ABCCC

Depois de nove classificatórias, que passaram também por Argentina (Jesús Maria) e Uruguai (Montevidéu), e colocaram 542 animais em disputa durante o ciclo 2018, é hora da final do Freio de Ouro, um dos momentos mais aguardados do ano para a comunidade crioulista. Marcada para acontecer entre os dias 22 e 26 de agosto, na pista do parque de Exposições Assis Brasil, o título está em jogo para 105 animais - Capanegra Quinta Sinfonia irá defender o título.

Com a missão de avaliar os animais e definir os campeões, os nomes dos jurados foram definidos e comunicados durante a Reunião de Avaliação, no início deste mês em Esteio/RS. Os jurados das fêmeas são Carlos Marques Gonçalves Neto, César Augusto Rabassa Hax e Jorge Rosa Demiate Júnior, enquanto que os machos serão julgados por Ciro Manoel Canto de Freitas, Felipe Caccia Maciel e Thiago Ávila. O reserva para as duas categorias é Gustavo Weiand.

Conheça agora um resumo da trajetória de cada um dos avaliadores.



FÊMEAS

Carlos Marques Gonçalves Neto

Natural de Jaguarão/RS e médico veterinário desde 1999, a história com a raça confunde-se com a própria vida: é filho de Cláudio Franco Gonçalves, criador e expositor de Cavalos Crioulos desde o primeiro Freio de Ouro. Por isso, Carlos Marques Gonçalves Neto definiu que tudo começou quando nasceu. “É uma história de trabalho, de conquistas e de reconhecimento, mas também de família”, frisou.

Técnico credenciado à ABCCC desde 2010, traz no currículo julgamentos realizados em credenciadoras desde 2000, além de duas finais do Freio do Proprietário. Nos últimos anos julgou as classificatórias de Itu/SP, em 2016; de Montevidéu, no Uruguai, no ano passado; e em Sapucaia/RJ, em 2018. Com a final do Freio de Ouro a caminho, Carlos Gonçalves Neto espera “uma prova muito concorrida e de muita expectativa pelo nível dos animais, de fêmeas que à final chegaram. Fêmeas muito parelhas, de muito boas morfologias e que no desenrolar do ciclo apresentaram provas funcionais de alto nível”, projetou.

César Augusto Rabassa Hax

Desde 1999 em contato com a raça Crioula, foi jurado da final do Freio de Ouro de 2013. Porém, a sua primeira experiência foi em uma credenciadora em Rio Grande/RS, no ano de 2006, após um convite. Além das classificatórias, como a que julgou no ano passado em Brasília, também atuou em diversas exposições morfológicas.

Em entrevista anterior ao site da ABCCC, César Augusto Rabassa Hax destacou a relevância que há em julgar as provas da raça Crioula. “Eu acho uma honraria julgar porque tu estás com a responsabilidade de seleção da raça”, definiu.

Jorge Rosa Demiate Júnior

Após ter sido ginete no Freio de Ouro, acumula mais de 12 anos de experiência como jurado. Natural de Ponta Grossa/PR, avaliou pela primeira vez em uma credenciadora em Lavras do Sul/RS. Os grande momentos, porém, foram no Bocal de Ouro de 2012 e na final do Freio de Ouro de 2015, prova que volta a julgar em 2018.

Desde então participa de atividades de aprimoramento e das reuniões de avaliação organizadas pela ABCCC. Em relação à final do Freio de Ouro de 2018, Jorge Rosa Demiate Júnior destaca o grande desafio que tem pela frente. “Eu vejo como uma responsabilidade muito grande, na confiança que a ABCCC deposita em mim e na obrigação de selecionar a raça. Eu entendo que o Freio de Ouro tem que ser sempre a seleção de raça. Não pode nunca pensar em competição ou esporte”, opinou.



MACHOS

Ciro Manoel Canto de Freitas

Com quase três décadas de experiência como jurado, acumula passagens por diversas provas, como a final do Freio de Ouro de 2012, e mais recentemente no Bocal de Ouro de 2018 e na Paleteada Nacional na Expo FICCC, onde foi um dos avaliadores brasileiros.

O contato com o Cavalo Crioulo começou cedo, no seio da família, após ser convidado aos 20 anos de idade por um tio para julgar uma credenciadora em Camaquã/RS. Além de jurado, Ciro Manoel Canto de Freitas é proprietário da Cabanha São Marcos, de Alegrete/RS, sob o afixo Tropilha Mansa.

Felipe Caccia Maciel

Filho de criador de Cavalo Crioulo, é médico veterinário e natural de Porto Alegre/RS. Em sua trajetória como julgador, que iniciou em 2011 em uma credenciadora de Soledade/RS, um ano após tornar-se técnico credenciado à ABCCC. Acumula passagens por classificatórias, como as realizadas em Itu/SP, Ponta Grossa/PR e na Argentina.

Em relação à final do Freio de Ouro que se aproxima, Felipe Caccia Maciel garante que é o grande momento de sua carreira como técnico e selecionador de cavalos. “É uma grande honra. O quadro de jurados da ABCCC é amplo e muito qualificado, e ser selecionado para atuar como jurado em uma final do Freio de Ouro é muito gratificante. É uma responsabilidade grande, sem dúvida alguma, mas que enche de orgulho, especialmente pela parte do reconhecimento comigo e com os outros jurados que estão aptos”, disse.

O jurado espera uma final muito disputada. “Este ano foi um pouco diferente porque tivemos uma FICCC. Provavelmente alguns dos cavalos que correram a FICCC estarão na final do Freio de Ouro e certamente agregam em qualidade na disputa”, projetou.

Thiago Schilling de Ávila

Não será a primeira final de Freio de Ouro na carreira do pecuarista natural de Campo Bom/RS. Após julgar a final da prova em 2016, volta a fazer parte do time de jurados em 2018. Sua trajetória iniciou em uma credenciadora realizada em Araranguá/SC, em 2011, após ser aprovado no curso de jurados da ABCCC.

Com mais uma final pela frente, Thiago projetou mais um trabalho de responsabilidade e profissionalismo. “É a prova máxima de nossa raça, já que envolve um trabalho de anos dos criadores, dos ginetes e de um grande número de pessoas em cada animal. Então a gente tem que levar de uma maneira mais profissional possível. Envolve sonhos de muita gente e muito investimento também. O Freio de Ouro hoje é uma das maiores provas equestres do mundo, então a responsabilidade de avaliar essa prova é grandíssima”, afirmou.

O fato de ter sido novamente escolhido para compor o time que vai julgar a final do Freio de Ouro é outra marca em sua carreira. “Me sinto bastante lisonjeado pela escolha, eu que sou um jurado novo, [se] comparado à maioria da Lista 1. E só aumenta a minha responsabilidade, tendo em vista que a lista de jurados é muito qualificada, e vou tentar fazer o melhor trabalho possível para que eu consiga retribuir de alguma forma à raça”, disse.